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Huawei diz trabalhar com Google para combater restrição imposta por Trump

Segundo executivo da gigante de telecomunicações chinesa, a empresa americana 'tem motivação zero' para bloquear os negócios entre as companhias

Por Redação
Atualizado em 21 Maio 2019, 12h56 - Publicado em 21 Maio 2019, 11h53

Um executivo sênior da gigante chinesa de telecomunicações Huawei afirmou nesta terça-feira, 21, que a empresa está trabalhando com o Google para combater restrições comerciais impostas pelos Estados Unidos na semana passada. Apesar da decisão ter sido adiada, empresas tentam resolver o impasse criado.

“Eles (o Google) têm motivação zero para nos bloquear. Estamos trabalhando em conjunto com o Google para descobrir como a Huawei pode lidar com a situação e o impacto da decisão do Departamento de Comércio dos Estados Unidos”, disse Abraham Liu, representante da Huawei para as instituições da União Europeia.

O executivo afirmou ainda que a Huawei não culpa o Google pela decisão e que é cedo demais para dizer quais serão as consequências. “A Huawei está se tornando a vítima de intimidação pela administração dos Estados Unidos. Isso não é apenas um ataque contra a Huawei. É um ataque à ordem liberal, baseada em regras”, acrescentou.

No domingo 19, o Google suspendeu os negócios com a Huawei, que exigem a transferência de hardware, software e serviços técnicos, exceto aqueles disponíveis publicamente via licenciamento de código aberto. A medida acatava um decreto do presidente americano Donald Trump, firmado na semana passada, que proíbe empresas dos Estados Unidos de utilizarem equipamentos de telecomunicações estrangeiros que coloquem em risco a segurança nacional, atitude que parece visar a China e atinge em particular a Huawei.

No entanto, na segunda-feira 20, o governo dos Estados Unidos deu um passo atrás, pelo menos temporariamente, de sua decisão. Em comunicado, o país decidiu adiar, até meados de agosto, a proibição de exportações de para a Huawei. Um anúncio do departamento de Comércio revela que o adiamento foi decidido para que a empresa de telecomunicações e seus sócios tenham tempo “para manter e respaldar as redes e equipamentos existentes e atualmente em pleno funcionamento, inclusive as atualizações de software”.

(Com Reuters)

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