IA se passou por humano no Teste de Turing; o que isso significa?
Modelo de inteligência artificial enganou 73% dos participantes ao imitar comportamento humano

Um estudo revelou que modelos de inteligência artificial passaram pelo Teste de Turing. O experimento criado pelo matemático Alan Turing (1912-1954) tem um interrogador para identificar entre a máquina e o humano através de conversas por texto. Caso não seja reconhecida como tal, a máquina passa o teste.
Cameron R. Jones e Benjamin K. Bergen, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, testaram quatro sistemas de IA. Interrogadores conversaram simultaneamente com duas testemunhas por cinco minutos, sendo uma pessoa e outra um LLM (Grande Modelo de Linguagem). No Teste de Turing, ambas as testemunhas têm que convencer o interrogador de que são humanas para provar a sua inteligência humana, ou a capacidade de imitá-la no caso das máquinas, por isso o experimento também é conhecido como Jogo da Imitação.
Cerca de 284 pessoas foram escolhidas aleatoriamente para exercerem as funções humanas, e entre as inteligências artificiais, ELIZA, GPT-4o, LLaMa-3.1-405B, e GPT-4.5 foram avaliadas. A GPT 4.5 da OpenAI foi a mais bem sucedida e convenceu 73% dos interrogadores de que era humana quando instruída a adotar uma persona similar. Segundo o estudo, a taxa atingida pela IA foi “significativamente maior do que os interrogadores selecionaram o participante humano”. Sob os mesmos prompts, a Llama 3.1, da Meta atingiu 56%, enquanto os modelos ELIZA e GPT-4o convenceram 21% e 23% respectivamente.
O estudo ainda não foi publicado ou revisado por pares, mas afirma que os “resultados constituem a primeira evidência empírica que qualquer sistema artificial passa um teste padrão de Turing com três participantes”.