A Toyota anunciou nesta segunda-feira que foi obrigada a interromper as atividades em suas 14 fábricas no Japão depois que um de seus fornecedores de peças, Kojima Industries, sofreu um ciberataque. A montadora estima que o prejuízo pode afetar a produção de 13 mil veículos.
Ainda não se sabe se a paralisação vai prosseguir além de terça-feira. O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou que o governo vai investigar o caso, incluindo a possibilidade do envolvimento da Rússia.
A interrupção acontece pouco depois que os Estados Unidos divulgaram um alerta sobre o risco de ciberataques a países que se manifestaram a favor da Ucrânia e contra a invasão provocada pelo presidente Vladimir Putin. Além de prometer mais de US$ 100 milhões em ajuda financeira, o Japão apoiou novas sanções à Rússia, incluindo a exclusão do país da rede de pagamentos Swift.
O ataque também mostra a vulnerabilidade do sistema da Toyota conhecido como “just in time”, em que as peças são entregues diretamente pelos fornecedores para entrarem na linha de produção, em vez de ter sempre uma quantidade em estoque. As fábricas japonesas da montadora são responsáveis por um terço de todos os veículos produzidos pela marca no mundo.