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OnlyFans não vai mais proibir pornografia na plataforma

Decisão foi anunciada após protestos e obtenção de garantias dos parceiros bancários da empresa

Por Da Redação 25 ago 2021, 13h16
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  • A plataforma britânica OnlyFans diz que suspendeu a proibição de conteúdo sexualmente explícito após protestos de seus usuários e defensores das trabalhadoras do sexo. O site de assinatura disse em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, 25, que a medida “não era mais necessária, devido às garantias dos parceiros bancários de que pode apoiar todos os gêneros de criadores”.

    Há uma semana, a OnlyFans havia dito que proibiria conteúdo explícito a partir de 1º de outubro, culpando as políticas de bancos e processadores de pagamentos pela mudança na política. “As novas regras são necessárias para atender às exigências dessas instituições financeiras e são a única forma de ajudar a garantir a sustentabilidade de longo prazo da OnlyFans”, disse a empresa em mensagem aos usuários.

    A mudança da semana passada aborreceu os criadores do site, muitos dos quais ameaçaram mudar para outros sites. Muitas trabalhadoras do sexo se associaram à OnlyFans durante a pandemia, quando os estabelecimentos presenciais fecharam ou se tornaram mais perigosos por causa da Covid-19. O site tem sido lucrativo para algumas pessoas, permitindo-lhes ganhar dinheiro todos os meses. A empresa afirma ter 130 milhões de usuários e 2 milhões de criadores que ganharam cerca de 5 bilhões de dólares.

    Os críticos da medida da OnlyFans, disseram temer que isso levaria as pessoas a um trabalho sexual mais perigoso nas ruas. Eles dizem que tirar um espaço virtual mais seguro e cortar a renda das pessoas as torna mais vulneráveis ​​ao risco de serem traficadas.

    Profissionais do sexo e seus defensores dizem que grupos conservadores e religiosos estão tentando apagar o sexo da internet sob o pretexto de combater o tráfico sexual e a pornografia infantil. O CEO da OnlyFans, Tim Stokely, culpou bancos como o Bank of New York Mellon pela proibição em uma entrevista ao Financial Times na terça-feira, dizendo que eles recusam os negócios do site.

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