Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

OnlyFans: por dentro da rede social que faz sucesso com nudes de artistas

A plataforma ganha adeptos e leva celebridades a embolsar pequenas fortunas com a promessa de conteúdo erótico exclusivo

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 15h17 - Publicado em 18 set 2020, 06h00
BELLA-THORNE-INSTAGRAM-2020-12.jpg2
ELA CRESCEU - Bella Thorne: conhecida por participações na Disney, a atriz faturou 2 milhões de dólares com a rede social – (Reprodução/Instagram)

Nos últimos meses, a rede social britânica OnlyFans se tornou um fenômeno da internet graças a uma estratégia criativa. Apesar de oferecer conteúdo adulto — ou seja, fotos e vídeos eróticos —, ela conseguiu a proeza de ser reconhecida como um site, digamos, sério. Ao mesmo tempo que é possível acessar, mediante o pagamento de uma assinatura, imagens pornô, o usuário encontra aulas de música, dicas de ioga, consultoria de moda e uma série de outras utilidades. Assim, a pessoa que é adepta da rede pode dar a desculpa, para o parceiro ou parceira, que não está ali por causa da nudez, mas sim pelos demais tópicos disponíveis. Outro fator decisivo para o sucesso foi a estratégia de remunerar influenciadores digitais e produtores de conteúdo para que se exponham no site. Eles recebem um valor pelo número de acessos, e podem realmente amealhar pequenas fortunas.

Foi o que ocorreu com a atriz americana Bella Thorne, de 22 anos, conhecida por estrelar produções da Disney e seguida por 24 milhões de pessoas no Instagram. Bella embolsou 2 milhões de dólares menos de uma semana depois de prometer publicar nudes na rede social. Cada assinante pagaria 200 dólares para receber um pacote exclusivo de imagens. Um deles chegou a perguntar se ela estaria realmente nua. “Sem roupas”, respondeu a atriz. Não foi o que aconteceu. Bella, ao contrário do prometido, publicou fotos de biquíni e lingerie, mas evitou a nudez completa. Revoltados, os seguidores começaram a pedir reembolso, o que obrigou a plataforma a mudar algumas regras de uso. As gorjetas, antes sem limite de valor, ficaram estipuladas em, no máximo, 100 dólares. A remuneração paga aos criadores de conteúdo passou a ser mensal, em vez de semanal, como anteriormente. A OnlyFans afirmou que as adaptações já estavam nos planos. Além de Bella, a rapper Cardi B também tem um perfil na plataforma e o site foi citado em uma música da cantora Beyoncé.

arte-only-fans

No mercado desde 2016, a Only­Fans foi criada na Inglaterra pelo empreendedor Timothy Stokeley. Estima-se que o faturamento da empresa fique entre 90 e 100 milhões de dólares. No ano passado, seu crescimento superou 300%, até chegar à marca de 60 milhões de assinantes. Em nota, a companhia afirmou “que está vivendo forte crescimento na América Latina”, embora não abra informações financeiras. Até o momento, mais de 1,5 bilhão de dólares foram pagos a criadores de conteúdo. “A OnlyFans revoluciou a forma como influenciadores se relacionam com os seus seguidores, ao entregar conteúdo mais rico e autêntico, livre de apoios de marcas, campanhas e comissões de publicidade no YouTube”, disse a empresa.

Após a repercussão negativa com as falsas promessas de nudez, Bella Thorne se manifestou publicamente e, é claro, disse que tudo não passou de um mal-entendido: “Quis chamar atenção para o site. Quanto mais gente nele, maior a chance de normalizar os tabus. Ao tentar fazer isso, magoei vocês. Vou me encontrar com a Only­Fans para discutir novas restrições e descobrir o que houve”. Ela, porém, não sem manifestou sobre a possibilidade de devolver os 2 milhões de dólares. Mesmo após a derrapada, a rede não para de crescer: a cada 24 horas, 250 000 novos usuários se cadastram na plataforma. Durante a pandemia, com as opções de entretenimento limitadas às possibilidades dentro de quatro paredes, a plataforma registrou um aumento de 42% na criação de contas. Sites assumidamente pornográficos também tiveram forte expansão durante os meses de confinamento. A nudez, como sempre, é um afrodisíaco para os negócios.

Publicado em VEJA de 23 de setembro de 2020, edição nº 2705

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.