Uma pesquisa do Reuters Institute de Oxford apontou que políticos, celebridades e outras figuras públicas são responsáveis por espalhar cerca de 20% das fake news sobre o coronavírus. Além disso, essas pessoas geram aproximadamente 70% do engajamento sobre o assunto nas redes sociais.
O perigo que a descoberta representa é claro. Segundo uma pesquisa liderada pela King’s College London (Reino Unido), há uma relação estreita entre os indivíduos que acreditam em notícias falsas sobre a pandemia e aqueles dispostos a desrespeitar a quarentena imposta por governos de todo o mundo e a não lavar as mãos com frequência.
Assim, os efeitos das fake news propagadas por nomes de respeito podem ser importantes, influenciando até mesmo o comportamento individual das pessoas. E, como já era de se esperar, as redes sociais funcionam (mais uma vez) como propulsores dessa informação falsa.
Outra pessoa pública que tem menosprezado a importância das medidas de segurança contra o coronavírus é Jair Bolsonaro. Por meio de seu Twitter, o presidente da república tem repetidamente rivalizado com os governadores que impuseram quarentenas em seus respectivos estados, como João Doria e Wilson Witzel.