Primeiro museu ligado à moda abre as portas no metaverso
Fundação Hering comemora 90 anos ampliando o acesso aos 140 anos de história da companhia

Nada mais charmoso do que resgatar do passado os fundadores de uma empresa do final do século XIX para contar às novas gerações como uma família de imigrantes alemães conseguiu construir o maior conglomerado de lojas do setor de vestuário. Com a ajuda da Inteligência Artificial (I.A.), a Hering, confecção especializada em moda casual, deu vida aos idealizadores da marca, os irmãos Bruno e Hermann Hering, para comemorar os 90 anos da Fundação, que leva o nome da família. Os dois fazem parte das atrações do primeiro museu construído pela empresa no metaverso, recentemente inaugurado.
Apesar de o metaverso ainda não ter cumprido aquela revolução esperada, a empresa investiu na plataforma como forma de democratizar o acesso aos 140 anos de história da companhia. Trata-se do primeiro museu ligado à moda no ambiente virtual e imersivo, que se tem notícia. “Graças ao futuro, consigo estar com vocês aqui no passado”, diz Hermann, aos visitantes, usando um terno preto. “Ao explorarem cada pedaço desta casa e de toda a nossa experiência, vocês vivenciarão cada pedacinho do sonho que construí com a minha família. ” A ideia da marca é fazer com que as pessoas não sejam apenas um observador da história da marca, mas que façam parte dessa trajetória.
Os Herings tiraram os primeiros sustentos vendendo produtos alimentícios importados da Alemanha, mas logo tiveram a ideia de fabricar um item básico e necessário aos homens da época: a camiseta branca íntima. O museu reproduz a casa em Blumenau, onde funciona um museu de verdade. Ali, estão expostas as tramas dos tecidos, o tear circular e muitas peças de roupas que mostram a evolução da marca e dos costumes. No Metaverso, o guia é o peixe, batizado de H3R1N, o logo da marca. Ele foi criado a partir da tradução do nome Hering, que quer dizer arenque, peixe gorduroso e prateado, comum no Mar Báltico, no norte do Atlântico e do Pacífico.
Como no mundo virtual não há limites, a área de exposição é cinco vezes maior do que a da casa real, que tem 2,2 mil m² de área. “Pretendemos ampliar mais com novas experiências e interações para os diversos públicos, tornando o museu uma referência cultural no mundo digital”, diz Valmor Rabelo, diretor de negócios da Metaverso VX – Virtual Xpiriense, que liderou o projeto de construção do museu digital. Para realizar o tour pelo museu, clique aqui.
Leia:
+https://vejasp.abril.com.br/coluna/pop/marcello-novaes-campanha-hering/
+https://beta-develop.veja.abril.com.br/coluna/radar-economico/hering-decide-nao-bancar-encargos-argentinos-e-segue-fora-do-pais