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Robôs ocuparão 20 milhões de empregos em 2030, diz estudo

O estudo, realizado pela Oxford Economics, detalha que o deslocamento de empregos causado pelo aumento dos robôs não se distribuirá uniformemente no mundo

Por AFP 26 jun 2019, 02h18

Espera-se que em 2030 os robôs ocupem mais de 20 milhões de empregos industriais em todo o mundo, agravando as desigualdades sociais e geográficas, mas impulsando a produção econômica geral, segundo um estudo recente.

A previsão, que será divulgada na quarta-feira 26, destaca as crescentes preocupações sobre a automatização e os robôs que, apesar de oferecer benefícios econômicos, estão eliminando de forma desproporcional empregos de baixa qualificação, agravando a situação social e econômica.

O estudo, realizado pela Oxford Economics, uma empresa britânica privada de investigação e consultoria, detalhou que o deslocamento de empregos ocasionado pelo aumento dos robôs não se distribuirá uniformemente no mundo nem dentro dos países.

Os robôs já absorveram milhões de empregos industriais e agora estão tomando impulso nos serviços, ajudados por avanços em áreas como visão por computador, reconhecimento de voz e aprendizagem automática, destaca o estudo.

A Oxford Economics conclui que em regiões com menos qualificações a perda de empregos dobrará em relação a regiões com maiores qualificações, inclusive em um mesmo país.

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A pesquisa chega em meio a um intenso debate sobre o aumento da tecnologia no mundo do trabalho e seu impacto no emprego, fenômeno que inclui os carros de condução autônoma, a preparação robótica de alimentos e as operações automatizadas de fábricas e armazéns.

Muitos analistas indicam que a automatização em geral impulsou uma maior criação de empregos do que destruiu, mas que nos últimos anos a tendência criou uma brecha de habilidades que deixa muitos trabalhadores sem emprego.

Os pesquisadores veem um “dividendo robótico” de cinco bilhões de dólares para a economia global para o ano 2030, por uma maior produtividade.

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“Os trabalhos que requerem funções repetitivas são os mais afetados”, escreveram os autores.

“Os trabalhos em entornos menos estruturados e que demandam compaixão, criatividade ou inteligência social provavelmente serão realizados pelos humanos nas próximas décadas”.

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