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Uso da internet por pessoas com mais de 50 anos está associado à melhora da saúde mental

Pesquisa que analisou dados de seis grandes levantamentos revelou associação positiva entre o uso da rede mundial e redução dos sintomas depressivos

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 nov 2024, 13h00

Um estudo recente publicado na revista Nature Human Behaviour investigou a relação entre o uso da internet e a saúde mental em adultos com 50 anos em mais em 23 países, incluindo o Brasil. A pesquisa, que analisou dados de seis grandes levantamentos, revelou uma associação positiva entre o uso da rede mundial e a redução dos sintomas depressivos, aumento da satisfação com a vida e melhora na autoavaliação da saúde.

No Brasil, a pesquisa contou com a participação de 4.174 pessoas com mais de 50 anos, a partir de dados do Estudo Longitudinal Brasileiro do Envelhecimento (ELSI). Os resultados mostraram que o uso da internet teve um impacto positivo na saúde mental dos brasileiros participantes, corroborando as conclusões gerais do estudo.

Globalmente, a pesquisa observou que o uso da internet estava associado a uma diminuição de 0,09 pontos na pontuação de sintomas depressivos, um aumento de 0,07 pontos na pontuação de satisfação com a vida e um aumento de 0,15 pontos na pontuação de autoavaliação da saúde.

O estudo também descobriu que o uso frequente e cumulativo da internet está relacionado à melhora da saúde mental em diversos países. Pessoas que usavam a rede diariamente relatavam menos sintomas depressivos e melhor autoavaliação de saúde em comparação com aquelas que nunca usavam.

Mecanismos

Os autores do estudo sugerem que dois mecanismos podem explicar essa associação positiva. Primeiro, a internet facilita a conexão social e o acesso a redes de apoio, o que é fundamental para a saúde mental, especialmente para pessoas mais velhas que podem enfrentar isolamento social. Segundo, permite o acesso a informações e serviços online, como informações sobre saúde, grupos de apoio e plataformas de gerenciamento de saúde, o que pode aumentar a autoeficácia e o bem-estar.

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É importante ressaltar que a pesquisa não estabelece uma relação de causa e efeito entre o uso da internet e a melhora na saúde mental. Os autores alertam para a possibilidade de outros fatores, não considerados no estudo, influenciarem essa associação.

Apesar das limitações, o estudo contribui significativamente para a compreensão do papel da internet na vida de adultos mais velhos, reforçando a importância da inclusão digital para a promoção da saúde mental nessa faixa etária. Os autores defendem que políticas públicas que incentivem o acesso e o uso da internet por pessoas mais velhas podem ter um impacto positivo na saúde mental da população. No entanto, é preciso considerar as necessidades específicas de cada subgrupo, como aqueles com menor escolaridade ou com dificuldades de acesso à tecnologia, para garantir que a inclusão digital seja realmente efetiva e alcance todos os seus benefícios.

O estudo também destaca a necessidade de mais pesquisas sobre os diferentes padrões de uso da internet, como o tempo de uso diário, os tipos de atividades online e as interações com outros usuários, para desenvolver estratégias eficazes de promoção da saúde mental. Afinal, a internet pode ser uma ferramenta poderosa para o bem-estar, mas é preciso usá-la com sabedoria e moderação.

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