Carta ao Leitor: a última palavra
‘O STF deve oferecer soluções em períodos de crise’, afirma Dias Toffoli
Há um ano como presidente do STF, José Antonio Dias Toffoli se imbuiu de uma missão: ser o moderador das instabilidades entre os poderes — um papel nada fácil diante das marés revoltas que engoliram a política brasileira. Até aqui o ministro tem conseguido se divorciar do clima de paixões incontroláveis. Na entrevista exclusiva a VEJA, ele confirma que teve de lidar com um episódio perturbador: um movimento de militares, políticos e empresários para afastar o presidente Jair Bolsonaro.
Dias Toffoli elaborou para o segundo semestre uma ambiciosa pauta de votações com temas polêmicos – da suspeição do juiz Sergio Moro na Lava Jato à legalidade da prisão imediata após a segunda instância. Seja quais forem os resultados, vale lembrar as palavras de Rui Barbosa, patrono do direito brasileiro: “A alguém deve ficar o direito de errar por último, a alguém deve ficar o direito de decidir por último”. A última palavra será sempre do STF — e é preciso respeitá-la.
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