No Brasil, já existem 338 startups voltadas ao agronegócio
Por Redação
Atualizado em 4 fev 2019, 10h00 - Publicado em 4 fev 2019, 10h00
Olho no dono: Pedro Mannato - Foi um amigo de Pedro Mannato quem provocou a ideia: como consultor financeiro de uma fazenda de pecuária, ele descobriu quão amadora era a gestão das cabeças de gado. O fazendeiro precisava confiar nos relatos dos boiadeiros, já que o processo de pesagem das reses era tão difícil que só ocorria duas vezes por ano. A escolha do momento do abate, por exemplo, era a mesma para todo o rebanho, sem levar em consideração o estado individual de cada boi. Diante do problema, Mannato se juntou com Hudson Ramos e Rafael Bragatto, também formados em ciência da computação, e encontrou uma solução: desenvolveu uma câmera 3D capaz de medir o peso do boi apenas por meio de imagem, que traz precisão às informações sobre o rebanho. Batizou-a de Olho do Dono. De início, Mannato contou com a ajuda financeira da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e da Financiadora de Inovação e Pesquisas do Governo Federal (Finep) para realizar os primeiros testes da novidade. A visibilidade veio com a vitória em um desafio internacional de startups em São Paulo, que despertou o interesse de 200 fazendeiros na utilização do Olho do Dono. (Paulo Vitale/VEJA)
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Está comprovado: unir a tecnologia ao agronegócio pode facilitar a rotina do produtor rural. Exemplos não faltam. Em 2015, a startup Olho do Dono agilizou a pesagem de animais. Antes, o processo acontecia apenas duas vezes por ano e, devido ao grande esforço feito pelo gado, ele chegava a perder 4% de eu peso só no dia da pesagem. O cientista da computação Pedro Mannato desenvolveu uma câmera 3D capaz de mensurar o peso de cada rês só pela imagem, e transmitir a informação em tempo real para o celular do dono, em qualquer lugar do mundo.
Outra agritech – como são chamadas as startups focadas em agronegócio – foi criada pela engenheira agrônoma Gabriela Silva, que desenvolveu o Biodrop. Trata-se de uma cápsula biodegradável recheada de vespas que ajuda a mecanizar o controle biológico de pragas. Além de não ser poluente, ela pode ser lançada na lavoura por drones, diminuindo o tempo necessário para sua aplicação. Se hoje o Brasil pode exportar os melhores produtos agrícolas, no futuro poderá também exportar as tecnologias mais disruptivas do campo.
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