Luto interrompido
Em funerais limitados no tempo e desprovidos de rituais, parentes de vítimas da Covid-19 se veem impedidos de elaborar suas perdas
Não há despedidas, não há velório, a urna permanece lacrada e o enterro acontece em poucos minutos, muitas vezes sem bênçãos caras aos que se foram e, especialmente, aos que ficam com a missão de absorver emocionalmente a perda. Tantas negações tomam parte dos funerais em todo o mundo, sem exceção no Brasil, diante da epidemia de Covid-19, causada pelo novo coronavírus. Muito além dos efeitos físicos sobre os contaminados, a ausência das despedidas tal como eram conduzidas segundo costumes e convicções religiosas se impõe como obstáculo à sempre lenta e dolorosa jornada do luto.
“Os enlutados acabam lidando com a situação da pior forma, envoltos em uma terrível sensação de impotência”, diz Juliana Batista, psicóloga da UTI do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo.
Das cenas espantosas de corpos nas ruas de Guayaquil, cidade do Equador cuja infraestrutura funerária não foi suficiente para tantas vítimas, aos enterros apressados nos cemitérios do Rio de Janeiro e de São Paulo, a pandemia que já ceifou mais de 128.000 vidas em todo mundo deixou espaço apenas para as transmissões por celulares das últimas imagens dos esquifes. Nas UTIs, também são os instrumentos de contato entre os enfermos e suas famílias. “Este é o vírus da solidão”, resume Regina Dalmau, cardiologista que auxilia seus pacientes nessas conversas virtuais em um hospital de Madri, na Espanha.
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