Bateu nos tucanos: a derrocada do PSDB afeta a candidatura de Alckmin
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Aécio Neves (PSDB) vira réu no STF, contagia Alckmin com seu infortúnio e espalha o mau agouro entre investigados: já não é preciso um “ato de ofício” para acabar no tribunal.
O senador Aécio Neves, até há pouco o nome mais vistoso e eleitoralmente poderoso do tucanato, acaba de virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça. A decisão da Primeira Turma da Corte foi acachapante: 5 votos a 0.
É a primeira vez desde o início da Lava Jato, em 2014, que um tucano entra para o rol de políticos processados no STF, categoria em que já se encontram há bom tempo senadores do PT e do MDB. A queda de Aécio Neves é um estrondo. Das urnas presidenciais de 2014, ele saiu com 51 milhões de votos, tornou-se o líder da oposição ao governo petista e, com o impeachment de Dilma, virou o principal fiador do governo de Michel Temer.
Presidente do PSDB por quatro anos, governador de Minas Gerais por dois mandatos e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves, além da carreira política, exibia um notável pedigree como neto de Tancredo Neves. Às vésperas das eleições presidenciais mais imprevisíveis dos últimos trinta anos, a desgraça do tucano passa a ser também a desgraça de seu partido, já suficientemente desgraçado por conta própria.
Veja também, nesta edição de VEJA, uma matéria sobre o aumento da incidência de depressão entre jovens de 12 a 25 anos. No mundo conectado das redes sociais, em que tudo é compartilhado, os adolescentes nunca estiveram tão sós — é o paradoxo que alimenta o estrondoso aumento dos casos de depressão.
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