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59% dos bares e restaurantes não pretendem reabrir agora em São Paulo

Restrição de funcionamento até as 17h e proibição de atendimento nas calçadas inviabilizam o negócio, avaliam os empresários

Por André Siqueira Atualizado em 8 jul 2020, 10h42 - Publicado em 8 jul 2020, 10h13

Apesar da autorização da Prefeitura de São Paulo para a reabertura de bares e restaurantes desde segunda-feira 6, mais da metade do setor não pretende retomar suas atividades nesta fase de flexibilização das medidas de combate ao novo coronavírus. Segundo uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), feita entre segunda e terça-feira, 59% destes estabelecimentos permanecerão fechados, em razão das regras estipuladas pelo prefeito Bruno Covas (PSDB).

De acordo com a Abrasel, a limitação de horário até as 17h e a proibição de atendimento de clientes nas calçadas são os dois principais motivos que justificam a decisão de não abrir dos comerciantes. Entre os empresários ouvidos pela pesquisa, 55% afirmaram que a limitação de atendimento nos salões prejudica o negócio.

Outros 53% dizem que o horário estipulado inviabiliza a abertura de alguns tipos de estabelecimento, sobretudo pizzarias e restaurantes de comida japonesa, que atendem mais no período noturno. Além disso, mostra o levantamento, 80% dos bares afirmam não ser possível abrir no horário fixado pela prefeitura.

A crise econômica causada pelo fechamento temporário de bares e restaurantes também causou demissões. De acordo com a Abrasel, 55% das empresas estão trabalhando com menos de 60% dos funcionários que tinham antes da quarentena. Entre os que avaliam recontratar, apenas 16% dizem poder voltar a ter o mesmo quadro de antes.

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Como VEJA mostrou, o movimento nestes estabelecimentos ainda é tímido e abaixo do esperado. Na avaliação de Dionizio Paulillo, da terceira geração de donos do restaurante Bolinha, tradicional casa de feijoada de São Paulo, o movimento ficará restrito a clientes que já voltaram ao trabalho presencial “Quem está cumprindo a quarentena em casa, de fato, tem medo de sair. Mas quem está na rua trabalhando acabará vindo. Mas isso é mera especulação de minha parte, estamos navegando no escuro ainda”, disse a VEJA.

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