Chefe do PCC na Baixada Santista é morto no Jardim Anália Franco
Duas mulheres também foram feridas no ataque
Um chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi morto a tiros em frente ao Hotel Blue Tree Towers, no Jardim Anália Franco, na Zona Leste de São Paulo. Duas mulheres também foram feridas no ataque. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento dos disparos contra Wagner Ferreira da Silva, de 32 anos, líder da facção criminosa na Baixada Santista.
Conhecido como Waguininho ou Cabelo Duro, Silva é abordado na rua e corre na direção da entrada do hotel. Ele cai ao lado de um veículo e é executado no chão por um dos assassinos.
Duas hóspedes do hotel, uma de 28 e outra de 59 anos, foram feridas sem gravidade. De acordo com o hotel, Silva não estava hospedado no local. Imagens mostram funcionários e hóspedes correndo para se proteger dos tiros. O carro utilizado pelos criminosos foi encontrado em um shopping a 500 metros do lugar da execução.
Acerto de contas
A Polícia Civil investiga se o crime foi um acerto de contas entre membros do PCC. Segundo um bilhete apreendido com um visitante na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, Cabelo Duro teria informado aos demais membros do PCC que a morte de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, no Ceará, na sexta-feira passada, foi dada por Gilberto Aparecidos dos Santos, o Fuminho.
Segundo investigações da polícia, Fuminho é bastante próximo do chefe da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, com quem conviveu no Paraguai, nos 1990, e é dono de uma fazenda na Bolívia produtora de cocaína. Cabelo Duro seria, ainda, segundo a nota, testemunha de que Gegê do Mangue e Paca estariam desviando dinheiro da facção.
A hipótese predominante na polícia é de que o assassinato de Gegê e Paca foi ordenado pela própria cúpula do PCC.
Acusado de homicídio, tráfico de drogas e formação de quadrilha, Gegê era responsável pela operação de contabilidade, venda interna e exportação para a Europa da cocaína vinda da Bolívia e do Paraguai — hoje, o negócio mais lucrativo do PCC. Estava foragido desde fevereiro de 2017.