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Sítio encontrado na Jordânia pode ser lugar bíblico visitado pelo rei Davi

Pesquisadores acreditam ter identificado a cidade de Mahanaim, junto com uma residência que pode ter sido usada pelos reis de Israel

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 jan 2025, 22h14 - Publicado em 10 jan 2025, 11h44

Pesquisadores anunciaram a identificação de Mahanaim ou Maanaim, uma cidade mencionada na Bíblia Hebraica e ligada aos reis de Israel. O sítio arqueológico contém vestígios que datam da Idade do Ferro (iniciada por volta de 1200 a.C.) e do período helenístico (338 a.C. a 146 a.C.). Esse local teria sido parte do Reino de Israel, também conhecido como Reino do Norte, que, segundo tradições, existiu entre 1050 e 930 a.C., sendo governado pelos reis Saul, Salomão e Davi. Relatos bíblicos posicionam Mahanaim a leste do rio Jordão e ao sul do Jaboque, no limite sul de Basã e na fronteira entre as tribos de Gade e Manassés.

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O Sítio de Mahanaim

O local identificado como Mahanaim é hoje chamado Tall adh-Dhahab al-Gharbi. A descoberta foi conduzida pelos arqueólogos Israel Finkelstein, da Universidade de Tel Aviv, e Tallay Ornan, da Universidade Hebraica de Jerusalém, com base em vestígios arqueológicos e na análise de passagens bíblicas. O nome “Mahanaim”, que significa “dois acampamentos” em hebraico, sugere uma localização próxima ao sítio de Penuel, outro local bíblico identificado em Tall adh-Dhahab esh-Sharqi, situado nas proximidades.

 

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Sítios das cidades bíblicas de Penuel (esquerdo) e Mahanaim (direito) vistos do Google Earth — (Google Earth/Reprodução)

 

Entre 2005 e 2011, uma equipe alemã escavou Tall adh-Dhahab al-Gharbi, revelando blocos de pedra com elaboradas gravuras. As imagens incluem representações de pessoas tocando liras (um instrumento associado ao rei Davi), um leão em cena de caça, uma tamareira e uma figura oferecendo uma cabra em um banquete. Esses elementos sugerem a existência de um edifício utilizado pela elite local.

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O estilo das gravuras lembra os murais do século VIII a.C. encontrados em Kuntillet ‘Ajrud, no nordeste do deserto do Sinai, que era controlado pelo Reino de Israel na mesma época. Isso reforça a hipótese de que as gravuras em Tall adh-Dhahab al-Gharbi também datam do século VIII a.C. e foram feitas por artistas associados ao reino israelita.

Relação com os Reis de Israel

As análises sugerem que Mahanaim e Penuel foram construídos por Jeroboão II, um dos reis de Israel que governou no século VIII a.C. Passagens bíblicas relatam eventos importantes ocorridos em Mahanaim. A primeira menção a cidade está no Livro de Gênesis, em que Jacó, ao retornar de Padã-Arã para Canaã, teve uma visão de anjos e chamou o local de Mahanaim, ou “Dois Acampamentos”, para marcar a ocasião de sua companhia dividir o espaço com a de Deus (Gênesis 32:2).

 

Lira
Dois tocadores de lira, parte de uma cena de banquete — (Ruhama Bonfil/Instituto de Arqueologia Universidade Hebraica de Jerusalém/Reprodução)
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Mais tarde, Mahanaim foi o local onde Ishbaal, um rei israelita, teria sido coroado. Além disso, o rei Davi buscou refúgio na cidade durante o conflito com seu filho Absalão. O Livro de 2 Samuel relata que, ao chegar a Mahanaim, Davi recebeu suprimentos de aliados locais, incluindo trigo, mel, queijo e ovelhas, para alimentar seus homens, que estavam cansados e famintos no deserto.

Embora não existam evidências conclusivas de que os reis de Israel tenham utilizado o edifício identificado em Mahanaim ou de que o sítio corresponda definitivamente à cidade bíblica, a associação é considerada plausível pelos pesquisadores israelenses. A proximidade entre os sítios de Tall adh-Dhahab al-Gharbi e Tall adh-Dhahab esh-Sharqi, que reflete o significado de “dois acampamentos”, contribui para a crença de que a localização de Mahanaim foi corretamente identificada.

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