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Por Raquel Carneiro

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Cultura

O detalhe revelador sobre bilheteria de ‘Branca de Neve’ no Brasil

Filme lidera números da semana no país, mas demonstra esgotamento com milhares de espectadores a menos que 'A Pequena Sereia' e 'A Bela e a Fera'

Por Thiago Gelli SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 24 mar 2025, 13h42 - Publicado em 24 mar 2025, 13h39

Rachel Zegler em 'Branca de Neve' (Walt Disney Studios/Divulgação)

O filme Branca de Neve chegou aos cinemas brasileiros em 20 de março já afogado em polêmicas — e, desde então, provou que a máxima “falem bem ou falem mal, mas falem de mim” não teve tanta serventia em seu caso. Apesar de liderar as bilheterias no país entre quinta e domingo, 23, o longa arrecadou 13,72 milhões de reais e atraiu apenas 605.930 brasileiros aos cinemas, número que fica centenas de milhares atrás dos desempenhos anteriores de outras regravações de clássicos animados do estúdio. Até então, A Pequena Sereia (2023) havia sido a princesa de menor apelo, tendo preenchido 888.000 cadeiras. Já a aposta de maior sucesso, A Bela e a Fera, conseguiu vender quase 2 milhões de ingressos em sua estreia.

Dentre todas as regravações em live-action do estúdio, para além daquelas focadas em princesas, Branca de Neve supera apenas uma em bilheteria: Mogli: O Menino Lobo, que teve público de 588.000 em seu primeiro final de semana no país. Mesmo assim, o filme desbancou o sucesso nacional Vitória, estrelado por Fernanda Montenegro, que havia estreado no topo do ranking na semana anterior. Outras estreias que escalaram a lista foram o filme conserto Superturnê – A Primeira e A Última Noite, do cantor Jão, e o drama criminal The Alto Knights: Máfia e Poder.

Em Branca de Neve, a primeira princesa do estúdio Disney ganha versão repaginada na pele da americana Rachel Zegler, que atenua a ênfase na pele alva da protagonista e constrói uma personagem mais obstinada, determinada a reestabelecer a glória do Reino em nome de seu pai morto, contra os planos nefastos e narcisistas da Rainha Má (Gal Gadot). Antes do lançamento, o filme foi alvo de boicote por uma ala racista que se revoltou com a pele morena da atriz principal, de ascendência colombiana, mas também foi criticado por representantes de esquerda, como os defensores da causa palestina que protestam a escolha da israelense Gadot e o ator com nanismo Peter Dinklage, que fez com que os “sete anões” da versão original fossem substituídos por criaturas mágicas feitas por computação gráfica. Para além das controvérsias, o filme é também vitimado pelo esgotamento do formato live-action na Disney, que tem estreias cada vez mais mornas no circuito internacional.