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Diretora de ‘Barbie’ faz história com bilheteria de 1 bilhão de dólares

Conheça Greta Gerwig, a primeira mulher a dirigir, sozinha, um filme que atinge o marco grandioso

Por Gabriela Caputo Atualizado em 13 Maio 2024, 22h58 - Publicado em 7 ago 2023, 16h46
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  • No último fim de semana, Barbie se tornou o mais novo membro do seleto clubinho de Hollywood de filmes que ultrapassam 1 bilhão de dólares em bilheterias mundiais. Mais especificamente, é o 53º título a atingir o valor. Em 17 dias, desde sua estreia global, o longa da boneca icônica somou 459 milhões de dólares na América do Norte e 572 milhões internacionalmente. A conquista grandiosa também simboliza um acontecimento histórico: trata-se do primeiro filme dirigido exclusivamente por uma mulher, a americana Greta Gerwig, a alcançar 1 bilhão.

    Até então, somente três títulos com mulheres no comando tinham chegado a tamanho sucesso — mas todos eles eram codireções com cineastas homens: FrozenFrozen 2, que arrecadaram 1,3 e 1,45 bilhão de dólares, respectivamente, foram dirigidos por Jennifer Lee e Chris Buck; enquanto Capitã Marvel, que fez 1,1 bilhão, foi uma colaboração de Anna Boden e Ryan Fleck. Greta já havia feito história logo no lançamento de Barbie, que se tornou a maior estreia de um filme dirigido por uma mulher, com 356 milhões de dólares. Antes, esse recorde era de Mulher-Maravilha, de Patty Jenkins, que fez 103 milhões — era também o longa com direção-solo feminina de maior bilheteria até então, tendo arrecadado 820 milhões ao longo de sua exibição. O incrível feito de Gerwig relembra que, apesar de hoje existirem maiores oportunidades para as mulheres na indústria cinematográfica, a disparidade entre os gêneros persiste.

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    Ao centro, a diretora Greta Gerwig cercada pelo elenco de Barbie, durante as gravações (IMDB/Reprodução)

    Com 40 anos recém-completos, a atriz, roteirista e diretora tem um currículo modesto de filmes próprios — todos, porém, aclamados pela crítica. Seu primeiro trabalho por trás das câmeras foi Lady Bird (2017), um coming of age produzido pela badalada A24 que conquistou cinco indicações ao Oscar — entre elas, de melhor filme, melhor direção e melhor roteiro original (creditado também a Greta). Já em 2019, se dedicou à adaptação de Mulherzinhas, livro de Louisa May Alcott. Sua versão do clássico americano concorreu em seis categorias do Oscar (incluindo a de melhor filme, como seu antecessor), com Greta disputando a estatueta de melhor roteiro adaptado. Barbie é seu terceiro longa-metragem, e inquestionavelmente seu maior sucesso até aqui.

    Antes de se tornar diretora, porém, Greta já lograva reconhecimento como atriz, em papéis menores de produções alternativas, e sobretudo como roteirista, no mesmo nicho. Ela começou a escrever e atuar em peças de teatro quando ainda estava na faculdade. Seu primeiro papel nas telas foi em LOL, em 2006, e, nos anos seguintes, estrelou e roteirizou Hannah Takes the Stairs e Nights and Weekends — os três são projetos de Joe Swanberg, cineasta que é um dos principais nomes do chamado mumblecore, subgênero do cinema indie de baixo orçamento onde Greta iniciou sua carreira. O movimento valoriza atuações realísticas, com valorização dos diálogos (muitas vezes improvisados), em busca de colocar as relações interpessoais no centro da narrativa.

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    Foi nessa cena alternativa que Greta conheceu Noah Baumbach, seu parceiro de profissão de longa data e hoje marido, com quem tem dois filhos. Juntos, fizeram o adorável Frances Ha (2012) — roteirizado por ambos, estrelado por ela e dirigido por ele — e Mistress America (2015). A colaboração criativa perdura: Barbie também foi escrito em conjunto pelos dois, e, no ano passado, Greta voltou à frente das câmeras do marido em Ruído Branco, distribuído pela Netflix, em que contracena com Adam Driver.

    Depois de Barbie, o caminho das superproduções hollywoodianas se alarga para Greta. A cineasta assina o roteiro do live-action de Branca de Neve e os Sete Anões, da Disney, programado para o próximo ano. Também foi anunciada como diretora do remake do clássico infantojuvenil As Crônicas de Nárnia, da Netflix. E, se seguir os planos da Mattel para o cinema nos próximos anos, Greta pode comandar mais filmes do mundinho cor-de-rosa da Barbielândia.

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