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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

A ordem que fez Cristiano Zanin cair em contradição no STF

Quando advogado, ministro reclamou de medida semelhante à que aplicou na sessão desta terça-feira, 22

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 abr 2025, 16h45 - Publicado em 22 abr 2025, 16h43

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu uma ordem incomum na sessão da Primeira Turma realizada nesta terça-feira, 22. Ele quis que todos os presentes, inclusive os advogados do caso em julgamento, guardassem seus celulares em envelopes lacrados.

A consequência mais imediata da decisão do ministro é fazer com que ninguém possa gravar a sessão em vídeo ou áudio. Indiretamente, no entanto, a ordem de Zanin só contribui para alimentar teorias conspiratórias a respeito de uma inexistente perseguição aos réus do 8 de Janeiro.

Quando era advogado, o ministro reclamou de medida semelhante, à época determinada pelo então juiz federal Sergio Moro, responsável pelos casos da extinta Operação Lava Jato.

O ano era 2017 e Zanin defendia Lula em um caso que envolvia também Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS – que hoje funciona sob o nome de Metha, na tentativa de se livrar da péssima imagem que conquistou com as revelações feitas pela investigação. Era parceiro de Zanin o também advogado e ex-deputado federal Roberto Teixeira.

A imprensa registrou que Moro escreveu na ata de uma audiência do caso que “houve uma grave irregularidade consistente na gravação de vídeo da audiência por um dos presentes sem que tivesse havido autorização do juízo”. O ex-juiz disse ainda que “nenhuma parte tem direito de gravar áudio ou vídeo da audiência sem autorização expressa deste juízo”.

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Zanin e Teixeira consideraram a decisão arbitrária. A Ordem dos Advogados do Brasil, então presidida pelo advogado gaúcho Claudio Lamachia, reagiu dizendo que não caberia a Moro definir se os advogados poderiam ou não gravar a sessão.

Hoje, a OAB também contestou a decisão de Zanin. A coluna procurou a entidade, atualmente presidida pelo amazonense Beto Simonetti. Por meio de sua assessoria, a Ordem respondeu que apresentará ao Supremo uma solicitação para que a medida seja revista e que os advogados possam ficar com seus celulares fora do envelope de Zanin.

A história remete a um ditado muito presente no dia a dia do brasileiro. O dizer é o seguinte: no olho alheio, pimenta é refresco.

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