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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Um dia histórico (e vergonhoso) para as Forças Armadas

O 8 de fevereiro de 2024 é a data mais vergonhosa para o Exército, Marinha e Aeronáutica desde a ditadura militar

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 10h31 - Publicado em 9 fev 2024, 09h23
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  • O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante, o tenente-coronel Mauro Cid: de braço direito a delator
    O ex-presidente Jair Bolsonaro e seu ex-ajudante, o tenente-coronel Mauro Cid: de braço direito a delator (Alan Santos/PR)

    O dia 8 de fevereiro de 2024 ficará marcado na História brasileira como a mais vergonhosa data para as Forças Armadas desde a ditadura militar.

    O 31 de março de 1964, dia do golpe, e o 13 de dezembro de 1968, golpe dentro do golpe, encabeçam uma lista que passa por outras desonras, como na “revolta paulista” de 1924 há um século.

    Mas é assustador que, sessenta anos após o golpe, os militares novamente estejam envolvidos em uma intentona contra a democracia brasileira – desta vez, uma tentativa que não se concretizou.

    Ainda bem.

    Nesta quinta-feira, 8 – e, por isso, ela entra para a História -, denudou-se a gravidade do que tramavam mais de uma dezena de oficias militares, entre eles um punhado de generais de quatro estrelas liderados por Jair Bolsonaro antes da posse de Lula. A delação do tenente-coronel Mauro Cid e as provas colhidas no curso das investigações são robustas.

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    Não se discute mais se o Brasil bolsonarista flertou com o que há de pior, o desrespeito à constituição.

    Trata-se de um movimento de extrema-direita que, vestido em parte de farda, era capaz de tentar, mais uma vez, manchar de vermelho a bandeira verde amarela.

    O envolvimento desses oficiais da cúpula Forças Armadas na complexa teia golpista encabeçada pelo líder da extrema-direita – tudo segundo a da Polícia Federal – agrava principalmente a situação da caserna de Duque de Caxias, patrono do Exército.

    Coronéis e generais em postos importantes da ativa ou até comandantes estavam diretamente envolvidos na conspiração.

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    A disposição do general Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército em participar do golpe é importante exemplo do nível de degradação da farda. O militar estava em posto extremamente estratégico e na linha de frente com as tropas.

    As investigações sobre o movimento golpista demonstram que o desrespeito o estado de direito havia penetrado nas Forças Armadas em vários postos, muito além dos próprios integrantes da reserva, como o general Braga Netto ou o general Heleno.

    Sabe-se agora, contudo, que o grau de mobilização golpista desses generais da reserva era maior do que se sabia.

    A operação Tempus Veritatis escancarou a conspiração contra a democracia dentro do governo Bolsonaro, e o nível do envolvimento das Forças Armadas, que insistem em se portar como se um poder moderador fosse.

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    Ao país, urge-se que a política seja extirpada dos quartéis de uma vez por todas. E que o Congresso Nacional dê finalmente celeridade à Proposta de Emenda à Constituição, revelada pela coluna há 11 meses, e que manda para a reserva militares do Exército, Marinha e Aeronáutica que se candidatarem a cargos públicos.

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