Frigoríficos ganham R$ 4,4 bi em valor após casos de peste suína na China
VEJA Mercado: surto da doença pode diminuir produção chinesa e elevar demanda por carne brasileira
Os frigoríficos listados na bolsa brasileira ganharam 4,4 bilhões de reais em valor de mercado apenas até às 13h desta quinta-feira, 16, segundo dados da plataforma TradeMap. Empresas como Marfrig e JBS se destacam com avanço na faixa de 5% em seus papéis cada, enquanto BRF e Minerva também surfam o movimento. A disparada nos papéis acontece depois de a China reportar alguns casos de peste suína africana, o que se configura um risco para a produção de suínos local. A doença tem uma alta taxa de mortalidade e reduziu em 30% a produção no país asiático entre 2019 e 2020, quando foi identificado o último surto. Em 2019, a China deixou de produzir 11 milhões de toneladas da proteína, ao passo que o número se manteve elevado em 2020 (6 milhões de toneladas) — o país só retomou sua capacidade de produção este ano. Com o atual cenário, a demanda pelas proteínas brasileiras pode subir.
“Acreditamos que é muito cedo para assumir consequências semelhantes em comparação com o surto de 2019. O fluxo restrito de notícias sobre o surto atual até agora pode indicar que este é um surto controlado e, portanto, pode ser cedo para assumir que o impacto será semelhante em magnitude à crise anterior em termos de mortalidade e inflação dos preços das proteínas”, avaliam os analistas do Itaú BBA. “Preferimos considerar este surto como um risco ascendente neste momento.”
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