Governo entra em campo para tentar barrar anistia a presos do 8 de janeiro
Ministro do Turismo, Celso Sabino, vai à Câmara reforçar orientação do Palácio do Planalto para derrotar projeto na Comissão de Constituição e Justiça
O governo Lula entrou em campo para tentar barrar o projeto de lei que concede anistia a todos os presos e condenados por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. A proposta está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara nesta terça-feira, 10.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, deputado licenciado pelo União Brasil do Pará, é um dos representantes do Executivo que está no Congresso, sob orientação do Palácio do Planalto, para manter a bancada fiel ao plano de não dar presença na CCJ e esvaziar a votação por falta de quórum, ou, se necessário, comparecer e votar contra.
Do outro lado, Jair Bolsonaro aparece como o principal apoiador da aprovação do projeto. Ao programa Ponto de Vista, de VEJA, a presidente da comissão na Câmara, Caroline de Toni (PL-SC), disse que o ex-presidente não busca benefício próprio, mas sim “prioridade para as pessoas presas injustamente”.
O PL 2.858 de 2022 determina que “ficam anistiados manifestantes, caminhoneiros, empresários e todos os que tenham participado de manifestações nas rodovias nacionais, em frente a unidades militares ou em qualquer lugar do território nacional do dia 30 de outubro de 2022” até a data da entrada em vigor da lei.