Caso não seja efetivado por Lula como novo ministro da Justiça e Segurança Pública, o atual secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli, poderá enfrentar as urnas em 2024 como candidato do PSB à prefeitura do Rio de Janeiro.
A ideia foi apresentada ao fiel escudeiro de Flávio Dino, em uma conversa recente, pelo ministro Márcio França, seu correligionário. O pano de fundo para a iniciativa seria a decisão do PSD de romper com o PSB em Pernambuco — em agosto do ano passado, o partido de Gilberto Kassab deixou a gestão de João Campos no Recife e migrou para a da governadora Raquel Lyra, do PSDB.
França questiona por que a legenda deveria apoiar “de graça” a reeleição do prefeito do Rio, Eduardo Paes, do PSD.
A eventual candidatura de Cappelli na capital fluminense, sua cidade natal, também serviria para que um quadro do partido pudesse encampar a bandeira da segurança pública e não “entregar de bandeja” o tema à extrema direita no Rio.
Com Dino de férias, o número 2 do MJSP está atuando como ministro em exercício. Em conversas com aliados, aliás, ele rechaça a chance de ocupar qualquer outro cargo na pasta caso não seja escolhido por Lula ou mantido na Secretaria-Executiva da pasta.
Enquanto isso, o PSB do Distrito Federal planeja lançá-lo na disputa de um cargo majoritário em 2026 — ao Senado ou ao governo de Brasília, como defende o ex-governador Rodrigo Rollemberg. Mas, até lá, ainda há muita água para rolar.