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PF indicia operador de lobista de corrupção no Judiciário por obstrução

Além de Diego Cavalcante, delegado também indiciou advogado Marco Antônio Guimarães por embaraçar investigação sobre organização criminosa

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 jul 2025, 15h54 - Publicado em 16 jul 2025, 14h01

A Polícia Federal (PF) indiciou o empresário Diego Cavalcante, apontado como operador financeiro do lobista Andreson Gonçalves em esquema de venda de sentenças e informações sigilosas no Judiciário, e o advogado Marco Antônio Guimarães por embaraçar investigação sobre organização criminosa.

O inquérito policial sobre a tentativa de obstrução investiga os dois indiciados pelo que teriam supostamente feito para atrapalhar o cumprimento de mandado de busca e apreensão da PF na casa de Diego no Distrito Federal. 

Ele tramita paralelamente aos processos sobre corrupção no Judiciário em que se investigam advogados, empresários, juízes, desembargadores e servidores de tribunais, inclusive do Superior Tribunal de Justiçaquase todos sob relatoria do ministro Cristiano Zanin, do STF.

No relatório final do inquérito sobre obstrução, o delegado Marco Bontempo afirma ter provas suficientes de que os dois indiciados mobilizaram o personal trainer Pedro Paulo para procurar o celular de Diego nas casas vizinhas à sua, durante a batida policial, e “frustrar” a apreensão do aparelho.

O delegado não disse, no relatório, se defende a manutenção ou a revogação da prisão preventiva de Diego, que se entregou à PF dois dias depois das buscas, em 15 de maio. Em uma manifestação a Zanin em 26 de junho, contudo, Bontempo havia afirmado que as alegações da defesa do empresário ao pedir a revogação de sua prisão “não encontra(va)m amparo nos elementos objetivos já reunidos na investigação”

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Como mostrou o Radar, tanto Diego como sua defesa sustentam que seu celular foi levado à assistência técnica três dias antes da operação policial, e que ele jamais fez qualquer pedido para seu personal trainer procurar um aparelho nas casas de seus vizinhos.

O outro indiciado, Marco Antônio, negou, em depoimento à PF, ter participado de qualquer tentativa de ocultação de celular.

Para o delegado que preside o inquérito, no entanto, a conduta do personal trainer de procurar o celular de Diego, “pelo seu grau de direcionamento e ineditismo, não se explica por iniciativa própria ou mera sugestão de terceiros”. 

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“Trata-se de uma ação que, pelas circunstâncias e pela urgência com que foi executada, revela motivação clara e orientação direta, oriunda, evidentemente, de quem tinha interesse pessoal no desaparecimento do aparelho: o próprio DIEGO”, escreve o delegado.

Ele acrescenta que “a tentativa dos investigados DIEGO e MARCO ANTÔNIO de deslocar reciprocamente a culpa pela conduta de Pedro Paulo, longe de afastar a suspeita sobre eles, apenas reforça o dolo específico deles aos atos que buscavam frustrar a colheita da prova”.

Ao propor o indiciamento de Diego e Marco Antônio, o delegado diz ainda que há “diligências pendentes de conclusão – especialmente a análise dos dados telefônicos, cujos dados não foram integralmente compartilhados pela Operadora Claro”, mas ressalva que as “informações faltantes não comprometem o juízo de indiciamento”.

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