*O texto a seguir possui spoilers do quarto episódio da segunda temporada de A Casa do Dragão
A série A Casa do Dragão apresentou, neste domingo, 7, o primeiro grande conflito da chamada Dança dos Dragões, guerra travada entre a família Targaryen e seus animais de estimação cuspidores de fogo. A tensão culminou em cenas dramáticas e a morte de uma personagem querida. Confira a seguir os momentos mais marcantes explicados e comparados com os eventos do livro Fogo & Sangue, de George R.R. Martin.
Aborto secreto e a hipocrisia de Alicent
Logo no início do episódio, a rainha Alicent Hightower (Olivia Cooke) toma o chá de lua, bebida feita de uma erva que evita ou interrompe a gravidez indesejada no universo de Westeros. Religiosa, Alicent julgou a amiga Rhaneyra (Milly Alcock) na primeira temporada, quando soube que a jovem princesa havia tomado o mesmo chá – fofoca que a levou a crer que Rhaenyra mentiu quando disse que não tinha tido relações com Daemon (Matt Smith). A herdeira do trono dizia a verdade, porém, omitiu o fato de que tinha se relacionado com Sir Criston Cole (Fabien Frankel). Mais tarde, Alicent deu o mesmo chá para jovens abusadas por seu filho Aegon II (Tom Glynn-Carney). Quem diria que a própria usaria a bebida, agora para evitar ter um filho também de Sir Cole, seu amante.
Emboscada que deu mais ou menos certo
Quando Sir Cole decide atacar, de dia, o condado de Pouso de Gralhas, último acesso por terra da ilha Pedra do Dragão, onde Rhaenyra (Emma D’Arcy) e seu conselho estão abrigados, o exército dos Verdes se surpreende. Este não era o plano oficial. Sir Cole, porém, armou uma emboscada com Aemond (Ewan Mitchell), que atacaria qualquer dragão do lado inimigo com Vhagar, o maior animal do tipo em atividade. O plano quase perfeito sofre a interferência de Aegon II que, bêbado, surge na batalha montado em Sunfyre. Resultado: o reizinho despreparado é vencido pela princesa Rhaenys (Eve Best).
A morte heroica de Rhaenys, a rainha que nunca foi
Em mais uma atuação espetacular de Eve Best, Rhaneys se despediu da série num belíssimo e doloroso confronto contra o vilanesco Aemond. Na Batalha de Pouso de Gralhas, Rhaenys e seu dragão, Meleys, enfrentam com sucesso Aegon II e Sunfyre, mas sucumbem diante de Aemond e Vhagar — leia aqui mais sobre os dragões da família Targaryen. Conhecida como a rainha que nunca foi, já que era a herdeira ao trono, mas foi preterida por ser mulher, Rhaenys estava voltando para Pedra do Dragão quando mudou de ideia, afinal, vencer aquela batalha era crucial na guerra — e ela sabia que poderia morrer no processo. A VEJA, a atriz falou sobre sua jornada na série.
O rei Aegon II morreu?
Ao fim do episódio, tudo indica que Aegon II e seu dragão Sunfyre estão mortos — e Aemond, impassivo, observa o irmão no chão. Se Aegon II morrer, é Aemon quem assumirá o trono. Porém, o livro de George R.R. Martin oferece outro caminho. Na história original, Aegon II e seu dragão não morrem ali, mas ficam gravemente feridos. Eles passam por um longo período se recuperando. Enquanto isso, a corte do rei que já não o levava lá tão a sério, vai se tornar uma arena de disputas de poder e de intrigas — início do que será a ruína de Aegon II.
ATENÇÃO: o parágrafo a seguir revela o destino final de Aegon II segundo o livro Sangue & Fogo
Como Aegon II morre no livro?
Na obra de George R. R. Martin, o jovem rei permanece por dois anos no trono e morre envenenado aos 24 anos de idade. Após a Batalha de Pouso de Gralhas, ele fica extremamente debilitado e vive com dores excruciantes. Em determinado momento, após causar a morte da meia-irmã Rhaenyra, Aegon II, enfraquecido no poder, é encurralado pelo lorde Corlys Velaryon, que exige sua abdicação. Aegon se recusa e, pouco depois, ao tomar uma taça de vinho suspeita, é encontrado morto com sangue na boca. Ele é sucedido por Aegon III, filho de Rhaenyra e Daemon, e quem dá continuação a linhagem dos Targaryens.