Os aplicativos multidelivery estão revolucionando o serviço de entrega em domicílio. Hoje, os consumidores podem encomendar pelo celular a entrega de qualquer produto em casa. Além de pedidos de comida, farmácia, supermercado e açougue, os aplicativos também transportam documentos e realizam pequenos serviços – uma usuária da Rappi ficou trancada em casa e pediu que o aplicativo buscasse a chave com o marido.
A Rappi faz entregas de bicicleta, moto e carro. Para compras muito grandes, o meio utilizado é o veículo. “Pedidos de comida, farmácia e supermercado são os mais registrados. Mas recebemos encomenda de tudo, desde itens para festa até camisinha e viagra. Um usuário pediu um colchão, outro solicitou que passeassem com seu cachorro”, afirma Bruno Nardon, presidente da Rappi no Brasil.
A Glovo funciona nos mesmos moldes da Rappi, entregando produtos e transportando documentos. Por enquanto, a empresa utiliza apenas motocicletas em seus serviços. O Brasil já é o segundo principal mercado para Glovo, que chegou ao Brasil em fevereiro deste ano. “Nosso serviço ajuda as pessoas a poupar tempo em cidades cada vez mais congestionadas”, diz o diretor de operações da Glovo, Bruno Raposo.
A Rappi não informa a posição do Brasil dentro da operação da empresa, presente em seis países, mas diz que o volume de pedidos cresce cerca de 30% ao mês por aqui. Para Nardon, as características das grandes cidades ajudam a impulsionar serviços de entrega de tudo. “É um modelo de negócio aderente para cidades com mais de 500 mil habitantes, onde o trânsito é pesado e as pessoas têm pouco tempo.”
Outra vantagem, segundo Nardon, é o baixo custo de entrega para quem faz a encomenda – 6,90 reais no caso da Rappi e 10 reais na Glovo. “O valor é muito bom, principalmente em cidades em que os locais estão distantes e as pessoas prezam por comodidade e tranquilidade.”
No Brasil desde julho de 2017, a Rappi está presente em 10 cidades e espera fechar o ano em mais cinco. No próximo ano, a empresa quer operar em todas as capitais do país. O aplicativo de origem colombiana também funciona no México, Argentina, Chile e Uruguai.