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Os alimentos que influenciaram na primeira deflação em 11 anos

O feijão-carioca foi o vilão de junho, mas o tomate tem dado certo alívio para o consumidor

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h43 - Publicado em 7 jul 2017, 18h56

A queda no preço dos alimentos foi um dos motivos que ajudou o país a registrar a primeira deflação em junho. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, caiu 0,23% no mês. 

Mas não foram todos os alimentos que tiveram queda de preço. O feijão-carioca foi o vilão das compras de junho. Na comparação com maio, o alimento ficou quase 26% mais caro. No primeiro semestre, no entanto, o feijão-carioca acumula queda de 10,5% — e de 30,8% em 12 meses.

O tomate — que em abril viu seu valor subir 29% e também já teve fama de vilão — foi o produto que registrou a maior queda em junho (-19,2%), seguido pela laranja baia (-18,4%).

“Os meses mais frios são bons para a oferta de produtos ‘in natura’, é um efeito natural e esperado”, explica André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas.

Mês a mês, o IPCA acumulado em 12 meses vem caindo desde setembro de 2016. Em junho deste ano, chegou a 3%.

Segundo Braz, a desaceleração gradual da inflação está sendo conduzida pelos alimentos. “A alimentação tem sido o fiel da balança em 2017”, afirma. 

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O grupo alimentação dentro de casa, que tem importante peso no cálculo da inflação, caiu 0,93% em junho.  No acumulado do ano, a retração é de 1,08%.

O alívio, no entanto, muitas vezes não é percebido pelo consumidor porque os preços caem, mas o poder de compra da população também. A recessão em que o Brasil se encontra levou à perda de empregos com carteira assinada — são 14 milhões de desempregados, de acordo como IBGE —, o que limita o orçamento das famílias brasileiras.

“O desemprego subiu, e as pessoas reduziram o consumo. Elas sentem que ainda precisam dar conta de tudo e ficam na dúvida sobre essa queda nos preços, porque perderam capacidade de consumo”, explica Braz.

Veja os alimentos que mais encareceram ou baratearam no primeiro semestre do ano

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A varição de preço de outros produtos importantes para a sua cesta:

Alho: 5,63%
Arroz :-6,28%
Azeite de oliva: -5%
Banana-maçã: -26,43%
Biscoito: -0,36%
Café moído: 9,77%
Cebola: 0,01%
Cerveja: -0,98%
Chocolate e achocolatado em pó: 2,54%
Chocolate em barra e bombom: -2,37%
Farinha de trigo: -7,09%
Feijão preto: -28,43%
Frango em pedaços: -2,05%
Leite longa vida: 6,1%
Macarrão: -0,5%
Manteiga: 11,11%
Mortadela: -0,93%
Óleo de soja: -4,81%
Ovo de galinha: 10,6%
Pão francês: 1,13%
Peixe: 5,64%
Queijo: 0,74%
Refrigerante e água mineral: 1,05%
Sal: 2,80%
Vinagre: 8,64%

 

 

 

 

 

 

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