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Para gigante do varejo, crise leva britânicos à ‘pobreza alimentar’

Executivo do Tesco falou do aumento do custo de vida no Reino Unido, que tem inflação prevista para mais de 10% nos próximos meses

Por Renan Monteiro Atualizado em 10 Maio 2022, 19h19 - Publicado em 10 Maio 2022, 16h03
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    Loja Tesco em Londres, no Reino Unido  (y May James/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

    A inflação e a crise econômica global tem preocupado grandes empresas de varejo. Em manifestação na manhã desta terça, 10, o presidente da Tesco, multinacional britânica e terceira maior rede de varejo do globo, avaliou a dificuldade dos consumidores do Reino Unido em manter o padrão de vida do inglês médio por causa da crise. John Allan, em entrevista para a BBC, criticou as recentes ações do governo local e defendeu um imposto sobro o “excesso de lucro” das grandes empresas de energia, para ajudar a população britânica.

    O aumento do custo de vida no Reino Unido, com inflação prevista para mais de 10% nos próximos meses, é a principal discussão no parlamento da segunda maior economia europeia. “Muitos estão sofrendo com as dificuldades de alimentar suas famílias. Mais e mais pessoas estão recorrendo aos auxílios alimentares (…) Não há dúvidas de que pessoas que até então nunca precisaram de auxílios alimentares, agora estão recorrendo a tal benefício. E acredito que estamos vendo uma real pobreza alimentar pela primeira vez em uma geração”, pontuou Allan, durante entrevista ao programa Radio 4’s Today da BBC.

    Em menção direta ao Governo, o executivo do Tesco criticou os recentes aumentos de imposto para a população, incluindo a taxa de contribuição sobre o National Insurance, seguro social e de saúde pública, que em abril aumentou de 12% para 13.25% a taxação sobre os ganhos acima dos limites de isenção. 

    Ainda no campo das taxações, o presidente do Tesco defendeu a redução de imposto para pequenos e médios negócios. Para John Allan, varejistas de ramos não essenciais estão em risco na medida em que os consumidores estão cortando gastos discricionário para manter os essenciais (como a alimentação). Representantes de grandes varejistas como a Sainsbury’s, Greggs e Waterstones, já se manifestaram em favor de tal medida.

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    Crise econômica no Reino Unido 

    O Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra (MPC), na semana passada, votou por maioria para aumentar sua taxa básica de juros de 0,75% para 1%. É o quarto aumento consecutivo no custo dos empréstimos e o maior em 13 anos. No comunicado oficial, o Comitê alertou sobre uma possível recessão econômica com o aumento do custo de vida no território inglês. No mês março, os preços haviam subido cerca de 7%, base anual, bem acima da meta de 2% da instituição britânica. O nível de inflação acima de 10% já é esperado nos próximos meses, impulsionado pelo desequilíbrio entre oferta e demanda, bem como pela guerra na Ucrânia, que não apresenta sinais de arrefecimento.

    O Banco da Inglaterra falou em “cicatriz” com os preços da energia, que pode contribuir com mais desemprego e um crescimento fraco (ou nulo) ao longo de 2023. Após o abrandamento das restrições da Covid-19 no Reino Unido, houve um forte aumento da demanda por bens e serviços. Porém, a oferta não acompanhou o nível de demanda. “Isso levou a preços mais altos, principalmente para bens importados do exterior (…) Os preços mais elevados da energia também desempenharam um grande papel (na inflação). Grandes aumentos nos preços do petróleo e do gás aumentaram os preços da gasolina e as contas de energia”, cita o Comitê.

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