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Preço de produtos na saída das fábricas cai 1,5% em janeiro

Índice mede valor dos itens sem impostos e frete. Segundo o instituto, indústrias extrativas e alimentos foram as atividades que tiveram melhor resultado

Por Por Redação
Atualizado em 27 fev 2019, 13h18 - Publicado em 27 fev 2019, 12h19
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  • O Índice de Preços ao Produtor (IPP) caiu 1,5% em janeiro, em comparação ao mês anterior. Essa é a quarta queda mensal consecutiva, acumulando variação negativa de 4,16% desde outubro. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quarta-feira, 27.

    O índice mede o preço dos produtos nas “porta das fábricas”, sem impostos e frete.

    Após uma alta massiva de 2,91% em setembro, os preços vêm apresentando queda consecutiva desde outubro. Esse desempenho recente influenciou no índice anual, que ainda sim, é de alta. No entanto, a variação positiva de 15,30% em outubro despencou para 7,99% em janeiro.

    Segundo Alexandre Brandão, gerente do IPP, a queda nos preços nos últimos meses é uma consequência da valorização do real frente ao dólar. “Há uma pressão negativa nos preços. Isso é importante em produtos que a gente importa, como adubos, que compõem a atividade outros produtos químicos”.

    Das 24 atividades pesquisadas, 11 apresentaram altas nos preços, mesma quantidade do mês anterior. No âmbito geral, o motivo principal da queda é o câmbio, mas analisando cada mercado mais de perto, começam a aparecer novas justificativas.

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    A maior influência sobre a queda geral veio da atividade de indústrias extrativas, que puxou o índice 0,4 ponto percentual para baixo. Comparada a dezembro, a categoria individualmente teve variação negativa de 8,98%. O desempenho do setor é decorrente dos resultados de minério de ferro, gás natural e minérios de cobre.

    Além disso, as categorias outros produtos químicos e alimentos também foram importantes para o índice. Eles influenciaram na variação do IPP em -0,36 pontos percentuais e – 0,24 pontos percentuais respectivamente.

    A indústria química apresentou em janeiro variação negativa de 3,43% com relação ao mês anterior. Segundo o relatório, a redução de preços está ligada aos resultados internacionais, aos custos da matéria-prima importada, aos preços dos derivados de petróleo acumulados no último trimestre e especialmente à nafta (significativa queda no mês).

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    Já no caso dos alimentos, principal atividade do índice, houve queda com relação ao mês passado de 1,29%. O desempenho foi puxado por resíduos da soja, carne bovina e óleo de soja. A pressão positiva mais influente foi nos preços de leite esterilizado/UHT/longa vida: “houve aumento do preço do leite cru dos agricultores para a indústria, que repassou essa alta. É uma questão de custo mesmo”, conta Brandão.

    Por outro lado, o setor automotivo, que tem grande peso no índice, apresentou variação de 0,57%, quando comparado com dezembro de 2018. Nos últimos 30 meses, a atividade apresentou alta em 28 deles.

    Entre os quatro produtos de maior influência na atividade, apenas um impactou positivamente o índice contra o mês anterior, justamente o produto de maior peso no setor: “automóveis para passageiros, a gasolina, álcool ou bicombustível, de qualquer potência”.

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    Resultado de janeiro a janeiro

    No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado geral do IPP foi positivo, em 7,99%. As quatro maiores variações de preços ocorreram em outros equipamentos de transporte (14,73%), indústrias extrativas (13,82%), outros produtos químicos (13,01%) e fumo (11,78%).

    Neste indicador, os setores de maior influência foram: alimentos (1,50 pontos percentuais), outros produtos químicos (1,27 pontos percentuais), metalurgia (0,90 pontos percentuais) e veículos automotores (0,62 pontos percentuais).

    “É um setor com um peso muito grande, mas suas variações não são muito preponderantes, principalmente na venda de automóveis”, explica.

    Segundo ele, isso ocorre, pois as montadoras estão lançando as unidades de forma distribuída ao longo do ano, e não em períodos específicos como era antes (principalmente 2° semestre), gerando menos volatilidade nas vendas.

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