Depois de registrar alta de 0,54% em março, a prévia da inflação acelerou para 0,72% em abril, puxada pelo aumento nos preços de combustíveis e alimentos. Essa é a taxa mais alta desde junho de 2018, quando o índice alcançou 1,11%, impactado pela greve dos caminhoneiros. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).
Antes disso, a última vez que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ultrapassou o patamar deste mês foi em maio de 2016 (0,86%). O resultado é, também, a maior variação para abril desde 2015 (1,07%).
No acumulado de doze meses, o IPCA-15 tem alta de 4,71%; esse é o maior índice desde março de 2017, quando chegou a 4,73%.
O grupo dos transportes teve a maior alta, de 1,31%, puxada pelo aumento nos combustíveis, especialmente a gasolina, que subiu 3,22%. Ainda contribuíram para o resultado no setor os aumentos nos ônibus urbanos (1,04%), trem (3,05%) e metrô (0,68%), além das passagens aéreas (5,54%).
A segunda maior alta foi do setor de alimentos e bebidas, que acelerou 0,92%. O destaque ficou com o tomate, que subiu 27,84%.
Nos estados
Regionalmente, Porto Alegre (1,27%), Salvador (1,06%), Fortaleza (0,99%) e Recife (0,90%) ficaram com as maiores altas. Enquanto apenas Goiânia (-0,01%) registrou deflação em abril, em função, especialmente, da queda nos preços da gasolina (-1,62%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 16 de março a 12 de abril de 2019 e comparados com aqueles vigentes de 13 de fevereiro a 15 de março de 2019.