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Biden flerta com candidatura de Michelle Obama como sua vice

Nancy Pelosi, presidente da Câmara, apoia candidatura de seu parceiro democrata, que arrecadou quase US$ 200 milhões menos que seu rival Donald Trump

Por Da Redação
Atualizado em 27 abr 2020, 17h58 - Publicado em 27 abr 2020, 17h15

Presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi divulgou nesta segunda-feira, 27, seu apoio ao candidato de seu partido à Casa Branca, Joe Biden, ex-vice-presidente americano. Pelosi foi a última das caciques democratas a publicamente endossar Biden que, por sua vez, iniciou um flerte com a ex-primeira-dama Michelle Obama para ser sua companheira de chapa. Sua máquina de campanha, entretanto, sofre com a escassez de recursos a sete meses de enfrentar o presidente, Donald Trump, nas urnas.

Biden, que já prometeu escolher uma mulher para ser sua colega de chapa, disse que poderia selecionar a ex-primeira-dama Michelle Obama para ser sua vice “em um piscar de olhos”. Em entrevista de 20 de abril, a caracterizou como “brilhante” e saber “como as coisas funcionam”. Em sua autobiografia publicada em 2018, intitulada Becoming (traduzido no Brasil como Minha História), a ex-primeira-dama afirma de maneira “direta” que “não tem a intenção de concorrer a nenhum cargo público”.

“Tenho orgulho de apoiar para presidente Joe Biden, um líder que é a personificação da esperança e coragem, valores, autenticidade e integridade”, disse Pelosi em um vídeo publicado em seu perfil oficial no Twitter nesta segunda. Michelle Obama, porém, ainda não respondeu oficialmente.

Em meio à crise econômica causada pela pandemia da Covid-19 — na qual pelo menos 22 milhões de americanos perderam seus empregos até 16 de abril, elevando a taxa de desemprego no país para mais de 13% —, Pelosi ressaltou o papel do então vice-presidente Biden na recuperação econômica americana após a crise financeira de 2008.

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“Quando nossa nação enfrentou a Grande Recessão [de 2008], foi Joe Biden quem liderou a implementação da Lei de Recuperação, ajudando a criar e a salvar milhões de empregos”, disse a presidente da Câmara em referência ao pacote de reformas financeiras conhecido como Lei Americana de Recuperação e Reinvestimento de 2009.

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Biden foi encarregado pelo então presidente, Barack Obama, de supervisionar a execução do pacote pelo governo. Segundo o site oficial dos arquivos do governo Obama, o então vice-presidente trabalhou em “colaboração com os membros do gabinete [federal], governadores e prefeitos para garantir que [as reformas] fossem eficientes e eficazes”.

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Pelosi também mencionou a participação de Biden na aprovação da Lei da Proteção ao Paciente e Assistência Médica Acessível. “Quando o Congresso estava aprovando a Lei de Assistência Médica Acessível (mais conhecida como Obamacare), Joe Biden foi um parceiro para o progresso [do projeto] pela Casa Branca”, disse. Segundo a campanha democrata, Biden defende que o governo federal invista mais 750 bilhões de dólares ao longo de dez anos para “expandir” o Obamacare.

Além da presidente da Câmara, o ex-vice-presidente já contava com o apoio de Obama desde 14 de abril, dias após o último rival de Biden à nomeação do Partido Democrata às eleições deste ano, o senador Bernie Sanders, anunciar o fim de sua campanha.

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Problemas financeiros

Segundo o portal de estatísticas RealClearPolitics, Biden está, em média, seis pontos percentuais na frente do republicano Trump nas últimas pesquisas sobre as eleições presidenciais, que estão marcadas para 3 de novembro. Mas, em relação à arrecadação financeira, o democrata corre atrás, com 187 milhões de dólares a menos que o atual presidente americano.

Dados divulgados pelo Comitê Nacional Democrata apontam a arrecadação de 51,7 milhões pelo time de Biden. O Comitê Republicano, por sua vez, senta-se confortavelmente sobre 240 milhões de dólares, segundo o jornal The New York Times.

Biden e Trump são os únicos pré-candidatos de seus respectivos partidos à presidência americana restantes.

Assim, eles devem ser nomeados oficialmente como candidatos à Presidência dos Estados Unidos nas Convenções Nacionais democrata e republicana., marcadas para agosto.

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