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Governo turco julga quase 500 militares por tentativa de golpe

Acusados são supostos responsáveis pela tentativa fracassada de derrubar o presidente turco há um ano

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 17h58 - Publicado em 1 ago 2017, 12h39
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  • A justiça da Turquia iniciou nesta terça-feira o julgamento de quase 500 pessoas acusadas de participar de uma tentativa fracassada de golpe de Estado, há um ano, contra o presidente, Recep Tayyip Erdogan

    Os suspeitos são em sua maioria militares de alta categoria. A acusação afirma que os réus organizaram o golpe na base aérea de Akinci, no noroeste de Ancara, onde supostamente foram emitidas ordens para bombardear o Parlamento e o palácio presidencial na madrugada de 15 para 16 de julho de 2016.

    O Ministério Público acusa os réus de tentativa de assassinato ao presidente, homicídio e violação à Constituição. Estima-se que durante a tentativa de golpe morreram cerca de 250 pessoas.

    Dos réus, 461 estão em prisão preventiva e 18 em liberdade condicional à espera de julgamento, enquanto outros sete são considerados foragidos da Justiça.

    Entre os que serão julgados à revelia se destaca o líder religioso Fethullah Gülen, que vive exilado nos Estados Unidos e é apontado pelo governo como o responsável pela tentativa de golpe. O líder operacional da suposta tentativa frustrada, Adil Oksuz, também está sendo procurado.

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    Um amplo sistema de segurança foi mobilizado para julgamento. Cerca de 1.130 agentes foram espalhados dentro e fora da sala de audiência. A operação também conta com veículos blindados, franco-atiradores e um drone de vigilância.

    Manifestantes se reuniram em torno da penitenciária e alguns pediram que os acusados fossem condenados à morte.

    Ameaças

    Em uma cerimônia oficial no mês de julho, o presidente turco ameaçou “cortar a cabeça” dos responsáveis pelo golpe de Estado frustrado. O político afirmou que aprovará  a restauração da pena de morte na Turquia, abolida em 2004, se a medida for votada pelo Parlamento.

    (Com agência EFE e AFP)

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