Israel diz que Hamas fez reféns brasileiros; Itamaraty não confirma
De acordo com porta-voz das Forças de Defesa do país, entre as estimadas 150 pessoas sequestradas pelo grupo há cidadãos de diversas nacionalidades
O Ministério da Defesa de Israel afirmou nesta quarta-feira, 11, que há brasileiros entre as pessoas feitas reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza. Segundo um comunicado em vídeo de Jonathan Conricus, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, há também cativos de outras nacionalidades.
“Há [entre os reféns] americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, pessoas da Argentina e da Ucrânia e de outros países. Eu não lembro de toda a lista, porque é muito longa”, disse ele.
Em entrevista coletiva, no entanto, o secretário da África e do Oriente médio do Itamaraty, Carlos Duarte, disse que não há confirmação de que “existe um refém com nacionalidade brasileira na Faixa de Gaza”.
De acordo com o governo israelense, estima-se que o Hamas tenha feito entre 100 e 150 reféns durante seu ataque ao país no sábado 7.
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Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político do Hamas, disse na terça-feira 10 que o grupo que lançou um ataque terrorista contra Israel não fará negociações para liberar reféns capturados até que os combates terminem.
“Informamos todas as partes que nos contataram sobre os prisioneiros inimigos detidos pela resistência que este arquivo não será aberto antes do final da batalha”, disse ele, acrescentando que a questão dos cativos só será resolvida “nos termos do Hamas”.
Conricus enfatizou que, até o momento, há 1,2 mil israelenses mortos, e cerca de 2,7 mil feridos. Segundo ele, “dezenas estão sendo mantidos reféns em Gaza pelo Hamas”, sendo “muitos deles com dupla nacionalidade”.
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Na declaração, o porta-voz pontuou que este “não é um desafio apenas de Israel”, mas de “muitos países livres no mundo”.
Nesta quarta-feira, pousou em Brasília o primeiro avião da FAB de repatriação de brasileiros, com 211 passageiros. Espera-se que haja novos voos todos os dias até domingo, 15, também com cerca de 210 lugares cada.
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Agora, as autoridades brasileiras preparam uma operação para retirar 30 nacionais residentes na Faixa de Gaza, território palestino alvo de conflitos desde o último sábado. A data de saída segue incerta, mas o embaixador Alessandro Candeas, chefe do Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, afirmou nesta terça-feira que a maior parte dos preparativos já foi feita.
No entanto, o posto fronteiriço de Rafah, por onde os ônibus com os brasileiros irá passar, foi alvo de bombardeios da Força Aérea Israelense entre segunda e terça-feira. O trecho, localizado ao sul, é um dos únicos caminhos para fora de Gaza que não é controlado por Israel. Por conta dos ataques, a passagem chegou a ser fechada ao longo dos últimos dias.