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Musk vai receber do Pentágono dados secretos sobre possível guerra com China, diz jornal

Arquivo de vinte a trinta slides explora quais alvos poderiam ser atingidos no território chinês e em que período de tempo, segundo 'NYT'

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 mar 2025, 10h28

Elon Musk, o bilionário à frente do projeto do governo de Donald Trump para enxugar a máquina pública, deve receber do Pentágono, nesta sexta-feira, 21, dados secretos sobre uma possível guerra com a China. A informação foi divulgada pelo jornal americano The New York Times, com base em duas autoridades familiarizadas com o assunto. O Wall Street Jornal também confirmou o relato.

Musk, segundo o NYT, passaria a ter acesso a um arquivo de vinte a trinta slides, que detalha como os Estados Unidos lutariam em um possível conflito com a China. O documento explora quais alvos poderiam ser atingidos no território chinês e em que período de tempo. As opções seriam, em seguida, apresentadas a Trump para que ele tomasse uma decisão.

A reunião estava programada para ocorrer no Tank, uma sala de reuniões segura no Pentágono, que costuma ser usada para encontros de alto nível do Estado-Maior Conjunto – grupo composto pelos chefes do Exército, Marinha, Força Aérea, Corpo de Fuzileiros Navais e Guarda Nacional, responsáveis por orientar o presidente e seu vice em determinadas situações.

O jornal americano apontou que o interesse de Musk pode estar atrelado aos seus planos para cortes de gastos no nível federal. O Pentágono, que planeja demitir até 60 mil funcionários civis e impediu o alistamento de pessoas trans, pode estar na mira do consiglieri de Trump. Por isso, Musk teria interesse em estar informado sobre, por exemplo, quais armas os Estados Unidos planejam usar contra a China para poder decidir como enxugar o orçamento do Departamento de Defesa.

Ao mesmo tempo, o compartilhamento de dados ultrassecretos coloca em jogo questões éticas por trás do crescente envolvimento de Musk, um empresário com interesses financeiros pessoais, com o governo dos Estados Unidos. Afinal, o magnata é dono da empresa de veículos elétricos Tesla e da fabricante de foguetes SpaceX, sendo um grande fornecedor do Pentágono. Além disso, não é um oficial eleito, e nem foi formalmente indicado a um cargo por Trump, atuando apenas na condição de conselheiro e chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês) – que apesar do nome não é uma pasta do governo, mas apenas uma força-tarefa.

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Conhecidos militarmente como “O-plans”, ou planos operacionais, os procedimentos de guerra do Pentágono estão no topo dos segredos do governo americano. Caso um país descubra esse tipo de informações, poderia reforçar suas defesas e minimizar suas fraquezas, de forma anular as estratégias de ataque dos Estados Unidos.

+ Que ironia: Tesla, de Musk, lança alerta contra política econômica de Trump

Reação de Trump

Horas após a reportagem do NYT ir ao ar, Trump disse que “a China nem será mencionada ou discutida” na reunião que terá com Musk nesta sexta. Antes dele, o porta-voz chefe do Pentágono, Sean Parnell, que ignorou tentativas de contato do jornal para maiores explicações, havia rejeitado as informações.

“Isto é 100% fake news. Simplesmente descaradamente e maliciosamente errado. Elon Musk é um patriota. Estamos orgulhosos de tê-lo no Pentágono”, declarou Parnell.

O secretário da Defesa, Pete Hegseth, também usou as redes sociais para negar o assunto. No X, antigo Twitter, plataforma da qual Musk é dono, ele escreveu: “Esta NÃO é uma reunião sobre ‘planos de guerra ultrassecretos da China’. É uma reunião informal sobre inovação, eficiências e produção mais inteligente. Vai ser ótimo!”.

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