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O efeito pedagógico das condenações do 8 de janeiro

Responsáveis pela segurança da cerimônia que marcará um ano dos ataques acreditam que penas impostas pelo STF têm poder dissuasório contra novos atos

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 16h33 - Publicado em 7 jan 2024, 08h13

Após uma sequência de falhas e omissões que permitiram os ataques do 8 de janeiro, órgãos de segurança fizeram um plano minucioso para a próxima segunda-feira, quando será realizada uma cerimônia no Congresso Nacional para marcar um ano dos atos antidemocráticos na capital federal.

Foram mobilizados cerca de 2.000 policiais para proteger a região. Além disso, haverá um fechamento parcial da Esplanada dos Ministérios. O protocolo foi definido após reuniões que contaram com a presença de representantes do Ministério da Justiça, da Polícia Federal, do Governo do Distrito Federal, do Gabinete de Segurança Institucional e do Congresso.

Apesar de todo o aparato, há uma avaliação de que as consequências impostas aos vândalos do 8 de janeiro de 2023 têm um efeito pedagógico e duradouro contra novas manifestações violentas e antidemocráticas. Até o momento, o STF já condenou 30 pessoas por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. As penas chegam a 17 anos de prisão.

Por isso, em meio à rigidez da Justiça, responsáveis pela segurança veem qualquer ato com indícios golpistas como um “tiro no pé”.

“Tem muita gente presa e condenada, e há um efeito educativo dessas punições. São pessoas que anteriormente acreditavam que não haveria consequência e que estão percebendo que as consequências foram pesadas. Ou seja, isso tem um efeito dissuasório para manifestações similares àquela que aconteceu”, disse um ministro a VEJA.

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“Pode ter manifestação, algo pacífico, mas não daquele tipo. Seria tiro no pé uma manifestação como a de 8 de janeiro”, ele acrescentou.

Mesmo assim, medidas de segurança serão reforçadas até o momento da cerimônia, que terá a participação do presidente Lula. Auxiliares palacianos já afirmaram que a ideia é que o mandatário suba a rampa do Congresso e seja recebido pelos chefes da Câmara e do Senado. No entanto, os responsáveis pela segurança presidencial afirmam que apenas na véspera do evento, e após uma varredura e um reconhecimento do local, é que será decidida a escalada de Lula.

Moraes: penas dentro da legislação

Em entrevista a VEJA, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que as duras penas aos “golpistas” do 8 de janeiro estão de acordo com a legislação.

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“As pessoas no Brasil, e infelizmente as da classe média, precisam saber que a lei é para todos. Não apenas para aquelas que têm menos condição econômica. Essas pessoas acharam que podiam vir a Brasília, planejar um golpe de Estado e tentar executar. Se desse certo, seriam considerados heróis. Se desse errado, voltariam para casa tranquilamente? Não é assim. Em nenhuma democracia do mundo isso acontece. Aqui também não”, afirmou o ministro do Supremo.

Ao todo, 1.406 pessoas foram denunciadas por participarem dos ataques. Desses, 1.121 aguardam a possibilidade de um acordo de não persecução penal. Sessenta e seis pessoas seguem presas.

 

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