Pela segunda vez em um ano e meio, o Brasil volta a se deparar com uma sessão da Câmara dos Deputados para decidir o futuro de um presidente da República. No dia 17 de abril de 2016, um domingo, o país assistiu à votação em que os deputados deram a autorização para que o Senado processasse, e depois cassasse, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Nesta quarta-feira, a Casa está na iminência de uma nova votação do gênero: os parlamentares deverão ir, um a um, ao microfone, para se posicionar a respeito da denúncia por corrupção passiva apresentada contra o presidente Michel Temer (PMDB) pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O cenário é outro: Temer chega ao dia decisivo com ampla base parlamentar e condições de sobreviver à crise política. O que não vai mudar é a plateia de eleitores à qual os deputados terão que submeter seus votos.
Os meios oficiais da Câmara dos Deputados, em especial a TV Câmara e o canal oficial no YouTube voltarão a transmitir a sessão, permitindo o acompanhamento ao vivo pela internet. Repetindo o que ocorreu na votação de Dilma, a TV Globo, líder em audiência no país, transmitirá na íntegra o voto de cada um dos deputados – a emissora não exibirá os debates prévios.
Apesar de não ficarem ao vivo durante toda a decisão, as concorrentes SBT, Record TV e Band se programam para entradas periódicas durante a programação
Nas TVs fechadas, a transmissão ao vivo da íntegra da sessão acontecerá nos canais GloboNews, BandNews TV e RecordNews.
O leitor também poderá acompanhar informações exclusivas minuto a minuto no site de VEJA, que estará em Brasília, com a TVeja, acompanhando todos os bastidores e desdobramentos da votação. O site também terá link para a transmissão na íntegra da sessão pela TV Câmara.
Onde assistir:
TV fechada
- GloboNews (íntegra da sessão)
- RecordNews (íntegra da sessão)
- BandNews (íntegra da sessão)
TV aberta
- Globo (íntegra da votação)
- SBT (entradas ao vivo)
- Record (entradas ao vivo)
- Band (entradas ao vivo)
A votação
A sessão desta quarta-feira será a primeira tentativa de colocar em votação a denúncia contra Temer. É necessário que 342 dos 513 deputados federais registrem presença em plenário para que a votação tenha início. Sem os votos necessários (os mesmos 342) para autorizar o prosseguimento da acusação, a oposição articula não comparecer, de forma a evitar que a base aliada consiga enterrar a denúncia.
O relatório aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), é contra a autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) transforme Temer em réu e o afaste do cargo. Portanto, os deputados que quiserem o prosseguimento da denúncia deverão votar “não” (pela rejeição do relatório), enquanto os que defendem arquivar a acusação contra Temer votarão “sim”.