Um estudo realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP demonstrou a eficácia do pilates no tratamento da dor e dos sintomas associados aos transtornos depressivos e ansiosos relacionados à lombalgia crônica, mesmo sem o uso de métodos terapêuticos adicionais, como terapia de calor profundo.
De acordo com a pesquisa, a dor na coluna lombar é comumente associada a músculos fracos, resistentes e encurtados, sendo reconhecida como uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo.
Os exercícios de pilates concentram-se justamente no fortalecimento e na estabilização dos músculos profundos, incluindo o transverso abdominal, o multífido lombar e os do assoalho pélvico, bem como as demais estruturas que, coletivamente, desempenham um papel crucial na proteção da coluna vertebral.
Como resultado, o paciente desenvolve uma musculatura mais forte, ganha amplitude nos movimentos e fica mais livre das dores, melhorando também a postura.
“Além disso, os exercícios físicos contribuem para a liberação de opioides endógenos, substâncias do organismo que controlam a dor e propiciam bem-estar geral”, explicou a fisioterapeuta Sandra Amaral, autora do estudo, ao Jornal da USP.
Os resultados do ensaio clínico, que incluiu 36 participantes, foram publicados na Revista Brasileira de Pesquisas Médicas e Biológicas. Eles também fizeram parte da dissertação de mestrado da pesquisadora.
O trabalho também analisou se o tratamento térmico profundo usando uma técnica chamada diatermia por ondas curtas realmente teria benefício no controle da dor. O conceito por trás dessa abordagem é que a aplicação de calor a uma área específica reduz a rigidez articular e os espasmos musculares.
A tática tem sido usada para melhorar o fornecimento de sangue aos tecidos e facilitar o reparo dos tecidos, o que tem influência na dor. No entanto, o estudo concluiu que a combinação de pilates com diatermia não se mostrou mais eficaz que o pilates sozinho.