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Projeto que transforma frutas nativas em alimentos funcionais ganha prêmio de R$ 200 000

Pesquisa realizada na Paraíba é a grande vencedora do tradicional Prêmio Péter Murányi, uma das principais láureas científicas nacionais

Por Diogo Sponchiato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 fev 2025, 12h46 - Publicado em 24 fev 2025, 12h40

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) se sagrou a principal vencedora do 23ª Prêmio Péter Murányi, uma das mais cobiçadas distinções no campo científico nacional. O trabalho escolhido, que faz jus a um cheque de R$ 200 000, busca transformar  riquezas pouco exploradas da biodiversidade brasileira em alimentos funcionais e probióticos, com impactos positivos na saúde humana. 

Concedida pela fundação homônima, a premiação deste ano foi dedicada à área da alimentação e os vencedores vieram à luz após duas etapas de análise dos 88 projetos indicados. Na primeira, uma comissão técnica, formada por especialistas, avaliou os candidatos e selecionou as três iniciativas mais promissoras e relevantes. Na segunda, um júri composto de 68 profissionais, entre cientistas, clínicos e representantes da sociedade civil, definiu quem ficaria com o prêmio principal e os dois outros destaques.

A linha de pesquisa campeã, da UFPB, utiliza frutas nativas das regiões Norte e Nordeste do país, a exemplo de mangaba e bacaba, para criar alimentos funcionais por meio de um processo de fermentação. Essa transformação não só amplia a viabilidade para consumo como também maximiza o aproveitamento de compostos bioativos e confere propriedades probióticas bem-vindas ao organismo.

O reconhecimento do trabalho se deve, portanto, à identificação de espécies regionais e processos bioquímicos com potencial de gerar alimentos que ajudam a equilibrar a microbiota intestinal e prover benefícios à saúde, à promoção da biodiversidade nacional e à valorização das cadeias produtivas e economias locais – metas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“Quem tem fome tem urgência. Ao promover a inclusão de trabalhadores locais, este projeto se torna ainda mais merecedor do prêmio”, diz Vera Murányi Kiss, presidente da Fundação Péter Murányi.

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bacaba
Bacaba: fruto de origem amazônica foi empregado pelo time vencedor (Foto: UFPB/Divulgação)

Suplemento e enriquecimento nutricional no pódio

O projeto que ficou com a medalha de prata – e um cheque no valor de R$ 30 000 – foi protagonizado por um suplemento dietético rico em substâncias que auxiliam a controlar alterações metabólicas ligadas ao ganho de peso.

Desenvolvido pela startup FitoFit, que procura soluções baseadas na biodiversidade amazônica, o produto foi obtido das folhas da embaúba (Cecropia pachystachya) e testado, com sucesso, em experimentos com animais em modelos de obesidade induzida. Os pesquisadores observaram que o extrato, rico em compostos como polifenóis, favorece o controle do peso, reduz os níveis de glicose no sangue, combate o estresse oxidativo nocivo às células e minimiza o acúmulo de gordura no fígado. O suplemento já foi escalonado para produção industrial.

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O terceiro colocado, por sua vez, foi um trabalho da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) voltado ao enriquecimento de alimentos por meio do cultivo visando atender a demandas de segurança alimentar e qualidade nutricional. Estudos realizados pelo time paulista mostraram a viabilidade de adicionar elementos como selênio, ferro e zinco em mudas, folhas e sementes a fim de aprimorar alimentos como cogumelos, cebolinhas, sementes de girassol e plantas alimentícias não convencionais (PANC). Os testes atestaram melhora no perfil de nutrientes, o que poderá fomentar cultivares mais saudáveis e acessíveis à população brasileira.

Os trabalhos campeões de 2025

O Prêmio Péter Murányi é realizado anualmente, com edições temáticas que se alternam: Alimentação, Educação, Ciência & Tecnologia e Saúde. A láurea, concedida desde 2002, é apoiada por instituições como a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Conheça os detalhes dos trabalhos vencedores desta edição:

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1º lugar: Biotransformação para valorização de frutas nativas subexploradas no Norte e Nordeste do Brasil
Instituição: Universidade Federal da Paraíba
Autores: Marciane Magnani, Bianca Beatriz Torres de Assis, Tatiana Colombo Pimentel, Marcos dos Santos Lima, Francyeli Araújo Silva, Lucélia Cabral e Jaqueline de Araújo Bezerra

2º lugar: Suplemento rico em polifenóis para controle de alterações metabólicas
Instituição: FitoFit Pesquisa e Desenvolvimento Ltda
Autoras: Mara Lucia de Campos Resende, Elita Scio Fontes e Martha Eunice de Bessa

3º lugar: Enriquecimento de alimentos por meio de cultivo: qualidade nutricional e segurança alimentar
Instituição: Universidade Federal de São Paulo
Autora: Juliana Naozuka

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