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Quer ter uma boa memória? Mantenha o seu corpo ativo

Pesquisadores ainda sugerem que pessoas que passam muito tempo sentadas têm memória prejudicada e maior risco de morte

Por Da Redação
Atualizado em 16 out 2018, 19h29 - Publicado em 16 out 2018, 17h32

Manter o corpo em atividade pode trazer importantes benefícios para a memória, aponta estudo publicado no British Journal of Psychology. Segundo os pesquisadores, a memória de trabalho, capacidade do cérebro de armazenar e organizar informações à medida em que realizamos determinadas tarefas, funciona melhor enquanto as pessoas estão em movimento, seja caminhando ou praticando esportes. A memória de trabalho, também conhecida como memória operacional, é responsável por operações como lembrar o nome de alguém ao encontrá-lo na rua ou discar um número de telefone.

A equipe ainda descobriu que realizar tarefas em pé pode diminuir o número de erros cometidos durante a realização da atividade uma vez que nesta posição o processamento de informações é maior. “Nossos resultados comportamentais indicam que tanto o exercício quanto ficar em pé aceleram a velocidade geral de processamento em comparação com posições passivas, como estar sentado, ajudando a reduzir as taxas de erro”, escrevem os autores. 

Os cientistas afirmam que exercícios moderados também são importantes para a memória, ativando áreas específicas do cérebro, importantes para a memória de trabalho e atenção seletiva. A pesquisa revelou que tanto a atividade física moderada, como caminhada, quanto as mais intensas, como correr ou andar de bicicleta, trazem benefícios para a memória durante e após o exercício.

Efeito do movimento no cérebro

Prevenção da demência

Estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease mostrou que o exercício físico preserva a saúde do cérebro, ajudando a prevenir doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Esse resultado é ainda mais significativo para pacientes que apresentam comprometimento cognitivo leve (MCI, na sigla em inglês), considerado o primeiro sinal de demência.

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Melhor função cognitiva

Outra pesquisa recente publicada no Journal of Alzheimer’s Disease apontou que caminhar 4.000 passos por dia (cerca de 3 km) pode melhorar a função cognitiva em pessoas mais velhas. Os resultados mostraram que pessoas que andam mais tem hipocampo – parte do cérebro associada a memórias de longo prazo – mais espessos. Esses indivíduos também apresentam melhor atenção, maior rapidez no processamento de informação e memória de trabalho mais eficiente.

Não fique parado

Relatório publicado na revista PLOS ONE indicou que ficar sentado por muito tempo prejudica o lobo temporal, área do cérebro que desempenha papel fundamental no processamento de memória e linguagem. Os pesquisadores acreditam que isso acontece porque o comportamento sedentário prejudica o controle glicêmico, o que aumenta a variabilidade do açúcar no sangue, levando a redução do fluxo sanguíneo no cérebro.

 

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