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Suplemento de cálcio e vitamina D não reduz fraturas, diz estudo

Um novo estudo revelou que a suplementação desses nutrientes não é eficaz na redução de fraturas ósseas em idosos

Por Da Redação
28 dez 2017, 17h15
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  • Ao contrário do que se acredita, suplementos de cálcio e vitamina D não diminuem o risco de fraturas em idosos. De acordo com uma revisão de 33 estudos anteriores sobre o assunto, publicada na terça-feira no periódico científico JAMA, as evidências encontradas não suportam a associação entre a suplementação desses nutrientes e uma redução no risco de quebra no quadril, a espinha e em outras partes do corpo.

    É comum que médicos receitem suplementos de vitamina e cálcio aos pacientes idosos para a manutenção da saúde óssea. Entretanto, para Jia-Guo Zhao, pesquisador do departamento de cirurgia ortopédica do hospital Tianjin, na China, e autor do estudo, os resultados mostram que nada substitui efetivamente um estilo de vida saudável na terceira idade. “É hora de idosos pararem de tomar suplementos de cálcio e vitamina D. Nós acreditamos que melhorar o estilo de vida, fazendo mais exercício, tomando mais sol e fazendo ajustes na dieta, pode ser mais importante que tomar suplementos”.

    Revisão sistemática

    O novo estudo foi uma revisão sistemática de 33 pesquisas clínicas anteriores que avaliaram se os suplementos reduziam o risco de fraturas comuns em idosos, como no quadril e na espinha. Totalizando 51.000 participantes com 50 anos ou mais que receberam suplementos de cálcio e vitamina D ou um placebo.

    Os dados analisados não relevaram uma associação significativa entre essa suplementação e a redução no risco de fratura no quadril e outros tipos de fratura, em comparação com pessoas que receberam um placebo ou nenhum tratamento. Em entrevista à CBS News, Jurt Kennel, especialista em endocrinologia, metabolismo e nutrição, afirma diante dessa conclusão, “suplementação” não equivale a “tratamento adequado” para mulheres na menopausa e homens idosos.

    Osso, cálcio e vitamina D

    Cerca de 99% do cálcio no corpo humano está armazenado nos ossos e nos dentes e o corpo não consegue produzir o mineral por conta própria. Além disso, o corpo precisa de vitamina D para absorver o cálcio ingerido e um baixo nível de cálcio no organismo leva à osteoporose.

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    Por isso, A Fundação Nacional contra a Osteoporose, dos Estados Unidos, recomenda que mulheres com até 50 anos e homens com até 70 anos ingiram 1.000 mg de cálcio por dia. Acima dessa idade, o consumo recomendado sobre para 1.200 mg diários. Já a ingestão diária de vitamina D recomendada para a maioria dos adultos é de 600 UI e, após os 70 anos, 800 UI.

    Entretanto, quando as pessoas tomam doses diárias de 1.000 UI ou mais de vitamina D, elas correm o risco de sofrer sérios efeitos colaterais, principalmente quando ingerida em combinação com o cálcio. Pesquisas anteriores associaram altas doses de vitamina D com um aumento do risco de queda, fratura, pedra nos rins, certos tipos de câncer e morte prematura.

    Fontes naturais de nutrientes

    A principal forma de obter cálcio de forma natural é pelo consumo de laticínios, como leite e queijo. Já a vitamina D pode ser obtida pela exposição solar diária – de 10 a 15 minutos por dia no sol são suficientes. A ingestão de peixes gordurosos, como salmão e sardinha, gema do ovo, carne vermelha, e cereais fortificados com vitamina D também são uma boa opção.

    “O cálcio obtido a partir da dieta é insubstituível para a saúde do esqueleto. Leite, vegetais, furtas e feijão são as principais fontes do nutriente. A vitamina D é sintetizada na pele em resposta à radiação ultravioleta B do sol e fontes alimentícias do nutriente são limitadas.”, afirma Zhao.

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