Paris 2024: Chefs contam onde experimentam bons pratos franceses no Brasil
Muito além dos esportes olímpicos, a França desperta há séculos emoção com sua gastronomia. Confira as dicas de quem entende do assunto
Ana Bueno, do Banana da Terra, Café Paraty, Casa Paratiana e A Caiçarinha: “O Coq au vin foi um dos primeiros pratos franceses que provei e me marcou demais por ter um gosto todo especial e jeito de comida caseira. É um prato que conforta a gente. O do La Casserole (@lacasserole1954), referência de culinária clássica francesa, tem o equilíbrio perfeito do molho e guarnições aromáticas, as quantidades, a consistência do molho, tudo é perfeito. Se não fosse assim seria só um frango com vinho, mas é um verdadeiro Coq au vin!”.
Thomas Troisgros, do Toto e Oseille: “Meu prato francês favorito é o steak tartare. No Brasil, recomendo o do Malta Beef Club (@malta.beefclub). Eles servem um clássico, acompanhado de batata frita como deve ser, sem firulas, super bem temperado. O diferencial está na mostarda em grão, que complementa perfeitamente o prato”.
Jefferson Rueda, da Casa do Porco: “Um clássico da cozinha francesa que gosto muito é o steak tartare. Adoro tudo que é cru de carne, é um prato bem refrescante para comer em dia quente. O meu preferido é o do Ici Bistrô (@ici_bistro), do Benny Novak. O prato é bem executado, bem temperado e gostoso, sempre que tenho um tempo vou lá comer”.
Elia Schramm, da Babbo Osteria, Si-Chou e Scuola: “Meu favorito não é bem um prato, é um símbolo da França: o croissant. É difícil de fazer. Leva, basicamente, farinha, água, sal, fermento e muita manteiga. O mais difícil no croissant é fazer com que fique aerado e com a massa bem amanteigada. O croissant do Mag Market (@magmarket_), da Tássia Magalhães, poderia estar em qualquer vitrine de Paris. Aliás, a vitrine de doces do Mag poderia estar no Quartier Latin, numa transversal à Champs-Élysée”.
Giovanna Perrone, do Pipo: “Clássico francês sinônimo de comida conforto é um belo filé com bearnaise, que combina o melhor da culinária refinada com um toque de conforto familiar. A versão que mais gosto em São Paulo é a do CEPA (@restaurante.cepa), onde o chef reinterpreta o tradicional prato francês, utilizando picanha no ponto perfeito, as batatas fritas, sequinhas e crocantes e, claro, a estrela do show é o untuoso bearnaise, que acrescenta uma camada de sabor rico e complexo”.
Paula Labaki, do Fuego Marambaia: “Adoro as Coquilles St. Jacques do Freddy (@restaurantefreddy), tanto pela tradição quanto pelo preparo, impecável. Além, é claro, de serem clássicos franceses – a casa e o prato –também amo o atendimento e as vieiras estão sempre fresquíssimas. Mas a melhor parte é que remetem muito à minha mãe, que fazia sempre. As do Freddy têm exatamente o mesmo sabor, uma lembrança afetiva para mim”.
Morena Leite, do Capim Santo: “Um prato francês que adoro é a Sopa de Cebola. E o lugar perfeito para comer em São Paulo é no Le Jazz (@lejazzbrasserie), perfeito para curtir uma comida gostosa com clima aconchegante de bistrô francês. A deles é feita com um caldo bem rico e cebolas caramelizadas que ficam super docinhas. E a parte mais gostosa: a camada de queijo gruyère gratinado em cima de uma fatia de pão crocante. Cada colherada esquenta o coração.”
Paula Prandini, do Empório Jardim: “Amo de paixão o gravlax de salmão. Tem um lugar no Brasil, que é melhor do que na França: o do Bistrot de Paris (@bistrot_de_paris), do chef Alain. Toda vez que vou, a primeira coisa que peço é uma taça de champanhe e o gravlax de Salmão. O gravlax é feito na casa, ele cura lá e, além de tudo, é um lugar lindo, numa vilinha na rua Augusta.”
Saulo Jennings, da Casa do Saulo: “Chez Claude (@chez.claude) tem a verdadeira experiência francesa de pratos muito bem elaborados, com o sentimento de entender o que é o prato, de reconhecer cada sabor ali colocado, de inclusão, sabores, apresentação. De um prato que o brasileiro, acha que é pouco, mas que se satisfaz e que quer comer mais, de tão gostoso. As bases, os molhos são o que mais chama a atenção em todos os pratos, a proteína fica secundária quando se prova o molho, a base, o detalhe vem mais presente na boca”.