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Queijo Minas pode virar Patrimônio da Humanidade – o que falta para chegar lá?

Laticínio e seus modos de fazer tradicionais serão analisados pela Unesco. Caso seja reconhecida, será a sétima expressão brasileira sob o título

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 dez 2024, 14h33 - Publicado em 5 dez 2024, 12h14

Até sábado, 7, acontece a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Assunção no Paraguai. Durante esta, que será a 19ª sessão do Comitê Intergovernamental do órgão, um símbolo da gastronomia brasileira será apresentado como candidato a bem cultural para a Lista Representativa: o Queijo Minas Artesanal. Ou seja, o laticínio e seu tradicional modo de ser feito pode se tornar Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Produzido principalmente por meio da agricultura familiar, a partir de técnicas ancestrais relacionadas à produção de queijo de leite cru, passadas de geração a geração há mais de três séculos, o Queijo Minas Artesanal leva esse nome por ser uma referência de identidade local de grupos de diferentes regiões de Minas Gerais. Isso não quer dizer, porém, que não seja apreciado por todo o país, já que além de fama, é uma expressão de pertencimento e traz as sensações de hospitalidade e convivência.

Desde 2008, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal também são reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Cultural e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura, órgão que apresentou a candidatura do bem ao Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco em março de 2023.

“Os sabores brasileiros são uma de nossas muitas riquezas. Fazer queijo, culturalmente, traz consigo as características de um território e de seu povo”, disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes. “A possibilidade desse preparo tão característico do Queijo Minas Artesanal ganhar tamanho reconhecimento só demonstra a potência dessa expressão tão “importante e simbólica”, completou.

Sétima Expressão

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A produção do Queijo Minas Artesanal abrange 106 municípios de Minas Gerais, sendo que, em cada região, envolve produtores orgulhosos de sua qualidade e os resultados de seu trabalho cotidiano, desde o manejo do pasto e o cuidado com o bem-estar dos animais até o preparo e a venda do queijo aos consumidores.

Para o bem se tornar um patrimônio cultural da humanidade, deve preencher todos os critérios da Unesco, que incluem seu reconhecimento em nível nacional, a existência de um plano de salvaguarda – instrumento de gestão dos bens registrados, para promoção de forma coordenada entre parceiros governamentais e não governamentais – e a anuência da comunidade detentora daquele bem cultural. Ressalte-se que, segundo as instituições que promoveram a candidatura, tanto o queijo quanto os modos de fazer atendem a esses requisitos.

Se for reconhecido, será a sétima expressão cultural do Brasil colocada como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, além do Samba de Roda no Recôncavo Baiano; a Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi; o Frevo: Expressão Artística do Carnaval de Recife; o Círio de Nossa Senhora de Nazaré; a Roda de Capoeira; e o Complexo Cultural do Bumba meu boi do Maranhão.

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