Oscar 2025: Brasil premiado e ‘Anora’ fecha a noite como o grande vencedor
Confira os melhores momentos da premiação que consagrou o filme 'Ainda Estou Aqui'

Na 97ª edição do Oscar o Brasil fez história: Ainda Estou Aqui se tornou o primeiro longa nacional a vencer a estatueta de melhor filme internacional na premiação. A produção de Walter Salles narra a história de Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, que foi morto pela ditadura militar nos anos 1970. Infelizmente, Fernanda Torres não saiu premiada — e quem levou a melhor surpreendendo a todos foi Mikey Madison, por Anora. O filme de Sean Baker, aliás, foi o grande vencedor da noite com cinco vitórias. O Brutalista veio em seguida, com três prêmios, enquanto Wicked, Emilia Pérez e Duna – Parte 2, levaram duas estatuetas cada. Confira abaixo o resumo da noite.
00h44 – Anora foi eleito o melhor filme do Oscar 2025. A produção independente foi a mais premiada da noite, com cinco vitórias.
00h39 – Não foi dessa vez: Fernanda Torres perdeu o Oscar de melhor atriz para Mikey Madison, protagonista de Anora. Ao conquistar o prêmio, ela superou também a favorita Demi Moore. No embate entre veteranas, quem levou a melhor foi a novinha — e A Substância estava certa.

00h20 – Adrien Brody conquistou o Oscar de melhor ator por O Brutalista. Essa é a segunda vitória do americano, que levou em 2003 pelo filme O Pianista. Curiosamente, em ambos os filmes ele interpreta um sobrevivente do Holocausto. Brody falou a VEJA sobre o novo filme, leia aqui.

VITÓRIA BRASILEIRA – Pela primeira vez, o Brasil venceu o Oscar de melhor filme internacional, prêmio dado ao longa Ainda Estou Aqui. Walter Salles subiu ao palco para receber a estatueta e celebrou o cinema nacional, homenageou Eunice Paiva, e as duas atrizes que a interpretam no filme, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.

23h57 – É do Brasil!!! Ainda Estou Aqui leva o Oscar de melhor filme internacional.
23h50 – O Oscar de melhor fotografia foi para O Brutalista, primeiro prêmio do filme na noite. Na trama, um arquiteto sobrevivente do Holocausto chega aos Estados Unidos para recomeçar a vida — e encontra as dificuldades da vida de um imigrante.
In Memoriam – “Nossa comunidade perdeu um gigante”, disse Morgan Freeman sobre a morte de Gene Hackman, a quem chamou de amigo. A fala abriu o momento de homenagem aos talentos mortos no último ano, entre eles o cineasta David Lynch e os atores James Earl Jones, Maggie Smith e Donald Sutherland.
23h38 – Curta irlandês I’m Not a Robot leva o Oscar de melhor curta de ficção.
23h20 – Duna – Parte 2, enfim, brilha na premiação. O filme épico de Denis Villeneuve levou, na sequência, os Oscars de melhor som e efeitos visuais.
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23h15 – Os prêmios de melhor documentário e curta-documental foram entregues na sequência. O curta vitorioso foi A Única Mulher na Orquestra, disponível na Netflix. Já o prêmio de longa foi para No Other Land, produção feita por palestinos e israelenses, que mostra a dura vida na Faixa de Gaza sob a ocupação de Israel.
23h00 – A faixa El Mal, de Emilia Pérez, levou o Oscar de melhor canção original. Esse é o segundo troféu da noite do filme, que somou treze indicações.
22h55 – O prêmio de melhor design de produção foi para Wicked. Até o momento, o musical e a comédia Anora estão empatados com duas vitórias cada.
22h45 – Confirmando o favoritismo, Zoë Saldaña levou o Oscar de atriz coadjuvante por Emilia Pérez. Na trama, ela interpreta uma advogada mexicana que ajuda uma traficante a passar pela redesignação de gênero. “Sou uma filha orgulhosa de pais imigrantes. A primeira americana filha de dominicanos a ganhar um prêmio da Academia”, disse ela em um momento político de seu discurso, alfinetando a política de tolerância zero do presidente americano Donald Trump contra imigrantes.

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22h30 – As cantoras Lisa, Doja Cat e Raye se apresentaram celebrando canções clássicas dos filme de James Bond.
22h23 – A Substância conquistou o Oscar de melhor cabelo e maquiagem. Não era para menos: as cenas em que Demi Moore aparece envelhecida — e, ao fim, monstruosa — foram feitas de forma prática, com próteses e horas de maquiagem.
VEJA nos bastidores do Oscar: na sala de imprensa, o diretor de Flow, Gints Zilbalodis, afirmou: “Hoje os recursos estão disponíveis para qualquer pessoa fazer um filme de animação vencedor do Oscar. Vamos ver muitas crianças fazendo filmes assim em breve”. Flow foi feito com o Blender, um software de código aberto — normalmente as animações são feitas com programas sofisticados, às vezes desenvolvidos especificamente para um estúdio, como a Pixar.

VEJA nos bastidores do Oscar: A correspondente Mariane Morisawa acompanha a premiação da sala de imprensa do Dolby Theatre em Los Angeles. Kieran Culkin acabou de passar por lá para conversar com os jornalistas. Confira:
As declarações hilárias de Kieran Culkin após ganhar Oscar de coadjuvante.
22h12 – Confirmando o favoritismo, o filme Conclave levou o Oscar de melhor roteiro adaptado. O longa se inspirou no livro de mesmo nome do autor inglês Robert Harris.
22h09 – O diretor Sean Baker ganhou o Oscar de melhor roteiro original pelo filme Anora. Na trama, uma dançarina erótica casa com um jovem rico russo — e se vê em uma enrascada quando a família dele pede a anulação da união. No discurso, Baker agradeceu às profissionais do sexo que lhe ajudaram a escrever o texto.
21h58 – Paul Tazewell fez história ao se tornar o primeiro homem negro a levar o Oscar por melhor figurino. O prêmio veio por seu trabalho primoroso em Wicked. Leia mais sobre os figurinos do filme neste link. Na sala de imprensa, Tazewell falou sobre a conquista. “Este é o auge da minha carreira. Faz 35 anos que crio figurinos, e nunca tive outros homens negros para me inspirar quando estava começando.” Antes dele, apenas outra pessoa negra ganhou a estatueta de figurino: Ruth E. Carter, por Pantera Negra (2018) e Pantera Negra: Wakanda para Sempre (2022).

21h40 – Bastante concorrida, a categoria de melhor animação premiou o filme letão Flow, produção independente que segue a história de um gatinho com medo de água e que tem de enfrentar uma enchente. Flow ganhou de Divertida Mente 2, Memórias de um Caracol, O Robô Selvagem e Wallace & Gromit: Avengança.
21h30 – Robert Downey Jr. entregou o Oscar de melhor ator coadjuvante para Kieran Culkin, por seu trabalho em A Verdadeira Dor. Culkin era o favorito ao prêmio. No filme, ele interpreta o neto de uma sobrevivente do Holocausto, que vai à Polônia para se reconectar com suas raízes.

21h16 – Entre piadas sobre os filmes, Conan O’Brien ironizou Ainda Estou Aqui: “O filme fala de uma mulher que vive sozinha depois que o marido desaparece. Minha esposa viu e falou que era um filme que a fez se sentir bem”.

21h11 – Apresentador do prêmio, Conan O’Brien “saiu” das costas de Demi Moore – cena de A Substância – antes de subir ao palco para o tradicional monólogo cômico.
Full performance of “Defying Gravity” by Cynthia Erivo and Ariana Grande at the #Oscars pic.twitter.com/h9flMlgiVI
— Wicked News Hub (@wickednewshub) March 3, 2025
21h – Ariana Grande abre o Oscar cantando Over the Rainbow, canção consagrada por Judy Garland em O Mágico de Oz. A cantora está indicada ao prêmio de atriz coadjuvante por Wicked, derivado do clássico. Em seguida, sua colega de elenco, Cynthia Erivo, que disputa a estatueta de melhor atriz, entoou a faixa Home. As duas finalizaram cantando juntas a faixa Defying Gravity.
21h – Começa a premiação!
20h55 – “Não somos favoritos a nada”, diz o diretor Walter Salles no Oscar
20h45 – “Não tem expectativa, mantenho o pessimismo. Não tem pressão e está tudo bem”, disse Fernanda Torres no tapete vermelho.
20h30 – “Tentaram apagar a história de Rubens Paiva. Mas por causa da memória de duas crianças, um o Walter [Salles] e o outro o Marcelo Rubens Paiva [autor do livro Ainda Estou Aqui], que com a literatura e o cinema, fizeram com que essa memória não se apague nunca mais”, disse Fernanda em entrevista para Ana Furtado, na transmissão do Max.
20h20 – Fernanda Torres esbanjou carisma ao ser entrevistada pelo perfil oficial da Academia de Hollywood. Seu desejo para hoje? Ser a Rainha do Carnaval.
19h48 – Em entrevista ao TNT/Max, Selton Mello questiona: “A Argentina já tem dois Oscars e nós não temos nenhum? Como assim?”. Será que o jogo muda neste domingo?
19h30 – Vestido de Fernanda Torres foi feito pela grife francesa Chanel especialmente para ela. Saiba mais

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19h15 – O emocionado depoimento de Selton Mello no tapete vermelho do Oscar – ator prestou homenagem à mãe em seu look.
19h10 – Seguindo o estilo adotado por ela ao longo da temporada de premiações, Fernanda Torres surge com um vestido preto nada básico no Oscar. Ela concorre ao prêmio de melhor atriz por Ainda Estou Aqui.
19h – Celebridades chegam ao tapete vermelho — com 274 metros de comprimento, o local é ponto de partida para os convidados exibirem seus looks de grife.
